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O pior inimigo de Ciro é o próprio Ciro

Às vésperas da abertura do prazo para a realização das convenções partidárias o DEM ainda não definiu se terá candidato próprio ou se apoiará a candidatura presidencial Geraldo Alckmin (PSDB) ou Ciro Gomes (PDT); um eventual apoio do PT a Ciro também é incerto, mesmo que o ex-presidente Lula seja declarado inelegível. Isso porque, apesar de ser considerado um quadro preparado, "não mediu consequências ao criticar Lula, com virulência, ao atacar o PT e por ser inconveniente nas articulações políticas", ressalta o jornalista Raymundo Costa

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247 - Às vésperas da abertura do prazo para a realização das convenções partidárias o DEM ainda não definiu se terá candidato próprio ou se apoiará a candidatura presidencial Geraldo Alckmin (PSDB) ou Ciro Gomes (PDT). "Sua maior identidade programática é com o PSDB de Alckmin, sigla com a qual esteve no governo durante os oito anos de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002). Nos últimos dias, Ciro chegou a mandar recados para o DEM dizendo que suas diferenças com o mercado não são incompatíveis. Exemplo citado pelos assessores é a boa acolhida que o pré-candidato teve na XP, a corretora que mais de perto marca os presidenciáveis. Em tese a aliança Ciro-DEM é improvável, mas já aconteceu numa eleição presidencial", diz o jornalista Raymundo Costa, no Valor Econômico.

"O episódio ocorreu em 2002", relembra o jornalista. "Durante oito anos, FHC governou com a estabilidade proporcionada pela aliança PSDB-PFL. Desde os primeiros conchavos da sucessão ficou evidente que o PSDB iria indicar o então ministro da Saúde José Serra como candidato, com o apoio do Palácio do Planalto. A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, do PFL, começava a despontar nas pesquisas como uma possibilidade viável. Em março de 2002 a Polícia Federal apreendeu R$ 1,3 milhão na sede da construtora Lunus, empresa ligada aos Sarney", destaca.

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Com a campanha sob suspeita, Roseana desistiu da candidatura e "o PFL atribuiu a operação da PF a uma ação do Planalto para beneficiar a candidatura de Serra". Além disso, o PFL já havia se afastado da disputa pelas presidências da Câmara e do Senado, que ficaram com o PMDB – atual MDB – e o PSDB. O PFL deu o troco ao poiar publicamente Ciro Gomes, embora não tenha cedido o tempo de televisão para o candidato do PPS.

"A Frente Trabalhista, denominação da coligação de Ciro Gomes, ficou em quarto lugar na eleição. No segundo turno, apesar dos ressentimentos, o PFL apoiou José Serra contra Luiz Inácio Lula da Silva", diz. Na época, " Ciro até teve um bom momento, em 2002, quando encostou em Lula nas pesquisas de opinião. Tudo indicava que poderia decolar, mas perdeu a batalha para o próprio destempero. O pior inimigo de Ciro é ele mesmo. A máxima serviu em 2002 e serve agora para o ano da graça de 2018", avalia.

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Um eventual apoio do PT a Ciro também é incerto, mesmo que a Justiça Eleitoral venha a considerar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba, seja declarado inelegível. Isso porque, apesar de ser considerado um quadro preparado, "não mediu consequências ao criticar Lula, com virulência, ao atacar o PT e por ser inconveniente nas articulações políticas", ressalta.

Leia a íntegra da análise.

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