"O PT perdeu espaço, mas a presidente continua sendo do partido", afirma Pepe
Ex-titular da Secretaria das Relações Institucionais, o ministro Pepe Vargas (PT-RS), que vai comandar a Secretaria de Direitos Humanos Vargas, disse que o PT perdeu espaço dentro do governo, mas destacou que a entrada do vice-presidente Michel Temer ajudará a aparar as arestas com o PMDB dentro do Congresso; petista disse que não conversou com o ex-governador Tarso Genro, para quem o PT virou acessório no governo; "Não cheguei a conversar com ele em nenhum momento. O PT perdeu espaço, mas a presidente continua sendo do partido. É uma medida que pode não dar certo, mas eu torço para que funcione", afirmou Vargas
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Rio Grande do Sul 247 - Ex-titular da Secretaria das Relações Institucionais, o ministro Pepe Vargas (PT-RS) comandará a Secretaria de Direitos Humanos, substituindo a sua correligionária Ideli Salvatti (SC). O petista afirmou que se ofereceu para cumprir o mandato de deputado federal, mas por insistência da presidente Dilma Rousseff decidiu aceitar o convite para mudar de pasta.
Segundo Vargas, o PT perdeu espaço dentro do governo, mas destacou que a entrada do vice-presidente Michel Temer ajudará a aparar as arestas com o PMDB dentro do Congresso.
"A presidente tomou esta decisão de retirar a articulação do PT e colocar para o PMDB. Ela fez isso porque existe uma parcela significativa do PMDB que vem votando de maneira distinta do governo, ainda que não seja em todas as matérias. Eu quero deixar registrado que 75% das disputas no voto, enquanto eu estive nas Relações Institucionais, nós vencemos, embora naquelas matérias em que perdemos o PMDB não nos acompanhou", disse à Rádio Guaíba nesta quinta-feira (9).
O ministro informou que não conversou com o ex-governador do Estado Tarso Genro, que ontem afirmou que o PT virou acessório no governo federal. "Não cheguei a conversar com ele em nenhum momento. O PT perdeu espaço, mas a presidente continua sendo do partido. É uma medida que pode não dar certo, mas eu torço para que funcione", afirmou.
Vargas disse que uma parcela do PMDB afirmava que o partido não era participava das decisões do governo e, por isso, se achava no direito de votar de maneira distinta. "A partir da entrada do Temer, o partido ficará no centro do governo. O PMDB tem oito ministérios, conta com o vice-presidente e é óbvio que ganhou espaço, mas creio que isso vai permitir que a sigla dê mais apoio às decisões políticas", acrescentou.
O petista prometeu atuar com determinação na Secretaria de Direitos Humanos. "É uma secretaria que não está no centro do governo, mas executa tarefas importantes. A presidente insistiu e quis a minha ida para lá, embora eu tenha dito que poderia ajudá-la no Congresso, mas decidi aceitar o convite feito e vou trabalhar com muita disposição", declarou.
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