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OAB faz minuto de silêncio pela morte de reitor

Cerca de 800 advogados reunidos nesta quinta-feira 5 em conferência realizada em Goiânia promoveram um minuto de silêncio em respeito à morte do reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo; o ato foi provocado pelo secretário-geral da OAB, Felipe Sarmento, que em seu discurso criticou a exposição midiática ostensiva dos cidadãos em ações policiais recentes sem que contra eles pesem prova irrefutável ou condenação judicial; "Não há Brasil se sacrificarmos o Estado Democrático de Direito", declarou

Cerca de 800 advogados reunidos nesta quinta-feira 5 em conferência realizada em Goiânia promoveram um minuto de silêncio em respeito à morte do reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo; o ato foi provocado pelo secretário-geral da OAB, Felipe Sarmento, que em seu discurso criticou a exposição midiática ostensiva dos cidadãos em ações policiais recentes sem que contra eles pesem prova irrefutável ou condenação judicial; "Não há Brasil se sacrificarmos o Estado Democrático de Direito", declarou (Foto: Gisele Federicce)
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Por Realle Palazzo-Martini, do GBrasil - Perto de 800 advogados reunidos nesta quinta-feira (5) na II Conferência Estadual da Advocacia de Goiás, em Goiânia, promoveram um minuto de silêncio em respeito à morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo. O ato foi provocado pelo secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Sarmento, que em seu discurso criticou a exposição midiática ostensiva dos cidadãos em ações policiais recentes sem que contra eles pesem prova irrefutável ou condenação judicial. "Não há Brasil se sacrificarmos o Estado Democrático de Direito", declarou o advogado.

A provocação de Felipe Sarmento sucedeu a um discurso duro do presidente da OAB Goiás, Lúcio Flávio de Paiva, que citava a morte do reitor. O advogado, que fez o pronunciamento principal na abertura da conferência, conclamou os presentes a contribuírem pela irrestrita defesa do Estado Democrático de Direito, em um momento de "fragilidade institucional e com graves violações a garantias fundamentais".

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Lúcio criticou a"sanha acusatória" que tem ganhado força no país e levado o aparato estatal a flertar com o autoritarismo e o discurso policialesco.

"Em pleno ano de 2017, estamos defendendo garantias constitucionais que foram muito custosas de serem conquistadas, como a presunção de inocência, o direito à ampla defesa e o devido processo legal. O processo não é e não pode ser um simulacro em que a sentença já está pronta antes do julgamento. Não podemos sair do extremo da impunidade para cair no outro extremo: da pena, da sanção a qualquer custo", alertou.

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Cancellier suicidou-se atirando-se do vão central do Beiramar Shopping, em Florianópolis, no último dia 2. No bilhete que deixou, estava escrito: "Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade". O professor foi preso no dia 14 de setembro e afastado de suas funções da UFSC por decisão judicial em pedido do Ministério Público dentro de uma investigação que apura suposta obstrução da Justiça.

Os procuradores alegam que Cancellier não estaria dando a celeridade necessária aos processos administrativos que apuram o desvio de R$ 80 milhões de recursos do programa da Universidade Aberta do Brasil, destinados ao custeio de cursos de formação de professores à distância. Os desvios ocorreram em gestões anteriores à de Cancellier.

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Dias antes de saltar para a morte, Cancellier publicou um artigo no jornal O Globo, sob o título "Reitor Exilado", onde narrou que "a humilhação e o vexame a que fomos submetidos — eu e outros colegas da UFSC — há uma semana não tem precedentes na história da instituição".

A palestra magna do evento, com o tema "O advogado para os tempos atuais", foi proferida pelo ex-presdente da OAB Marcus Vinícius Furtado Coelho. A conferência dos advogados de Goiás se encerra nesta sexta-feira (6), quando discursará o presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia.

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