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Obra da gestão Serra entra na mira da Lava Jato

O MPF (Ministério Público Federal) investiga indícios de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo obra que ampliou as pistas da marginal Tietê no período em que José Serra era governador de São Paulo; os procuradores analisam o repasse de R$ 89,5 milhões para empresas ligadas ao operador financeiro Adir Assad e para o advogado Rodrigo Tacla Duran – alvos da 36ª fase da Operação Lava Jato – por dois consórcios e empreiteiras que executaram as obras de ampliação da marginal entre 2009 e 2001; investigadores concluíram que empresas ligadas aos operadores "revelaram-se como meras pessoas jurídicas interpostas em operações de lavagem de capitais”

O MPF (Ministério Público Federal) investiga indícios de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo obra que ampliou as pistas da marginal Tietê no período em que José Serra era governador de São Paulo; os procuradores analisam o repasse de R$ 89,5 milhões para empresas ligadas ao operador financeiro Adir Assad e para o advogado Rodrigo Tacla Duran – alvos da 36ª fase da Operação Lava Jato – por dois consórcios e empreiteiras que executaram as obras de ampliação da marginal entre 2009 e 2001; investigadores concluíram que empresas ligadas aos operadores "revelaram-se como meras pessoas jurídicas interpostas em operações de lavagem de capitais” (Foto: Giuliana Miranda)
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SP 247 - O MPF (Ministério Público Federal) investiga indícios de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo obra que ampliou as pistas da marginal Tietê no período em que José Serra era governador de São Paulo. Os procuradores analisam o repasse de R$ 89,5 milhões para empresas ligadas ao operador financeiro Adir Assad e para o advogado Rodrigo Tacla Duran – alvos da 36ª fase da Operação Lava Jato – por dois consórcios e empreiteiras que executaram as obras de ampliação da marginal entre2009 e 2011. As informações são de reportagem de O Estado de S. Paulo. 

"Os repasses constam de relatórios anexados pela Procuradoria da República em Curitiba no pedido de busca e de prisões que embasaram a ação da Polícia Federal, batizada de Dragão. A força-tarefa da Lava Jato atribui a Assad e a Duran o papel de “operadores financeiros especializados na lavagem de capitais de grandes empreiteiras”.

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A obra que ampliou as pistas da marginal foi resultado de um convênio firmado entre o governo de São Paulo, na época comandado pelo atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), e a Prefeitura na gestão de Gilberto Kassab (PSD), atual ministro das Comunicações, Ciência e Tecnologia do governo Michel Temer.

Os consórcios Nova Marginal Tietê (Delta Engenharia e Sobrenco) e Desenvolvimento Viário (EIT e Egesa) foram contratados pela estatal paulista Dersa, responsável pela licitação, por um valor total de R$ 816,9 milhões. Os repasses considerados suspeitos pelos procuradores foram feitos diretamente para três empresas ligadas a Assad e para um escritório de advocacia de Duran. Investigadores concluíram que empresas ligadas aos operadores “revelaram-se pessoas jurídicas sem funcionamento real, ou seja, sem estrutura física ou pessoal para prestar os serviços pelos quais foram contratadas”. “Em outros termos, revelaram-se como meras pessoas jurídicas interpostas em operações de lavagem de capitais”, afirma o relatório do MPF.

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Formado pela Delta e Sobrenco, o consórcio Nova Marginal Tietê recebeu ao todo R$ 360 milhões para a execução do lote 2 que previa a abertura de vias da Ponte das Bandeiras, no centro, até a Rua Ulisses Cruz, próxima ao Parque do Piqueri, na zona leste da capital. O consórcio repassou R$ 37 milhões para a Legend Engenheiros Associados, empresa ligada a Assad.

Já o Consórcio Desenvolvimento Viário ficou responsável por obras em 18,32 km, considerando os dois sentidos da via, entre o viaduto da CPTM e a ponte das Bandeiras. Para isso, recebeu R$ 456,9 milhões da Dersa. Conforme o MPF, a associação entre a EIT e Egesa pagou R$ 20,8 milhões à JSM Engenharia e Terraplanagem e outros R$ 16,1 milhões à SM Terraplanagem, ambas também vinculadas a Assad. O Grupo EIT repassou ainda R$ 11,9 milhões a JSM Engenharia e outros R$ 3,7 milhões ao escritório de advocacia de Duran.

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A força-tarefa em Curitiba investiga se os pagamentos efetuados pelos consórcios e por empresas líderes estão relacionadas a desvios na obra da Nova Marginal. Caso a suspeita se confirme, a investigação deve ser encaminhada para a Procuradoria da República em São Paulo. Os procuradores já apuraram que num período que compreende os pagamentos dos consórcios da Nova Marginal para pessoas jurídicas ligadas a Assad, entre 2007 e 2010, empresas do operador fizeram aportes de R$ 17 milhões para a Econocell, vinculada a Duran."

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