Oito empresas mostram interesse pela Celg
Reportagem da Agência Reuters mostra que ao menos oito empresas já procuraram a Eletrobras para demonstrar interesse na compra da distribuidora de energia Celg-D, responsável pelo fornecimento em Goiás; no grupo de interessados estão a chinesa State Grid e a italiana Enel, além de Cemig, Equatorial, Energisa, CPFL, Copel e mais uma estrangeira; o leilão deve ser realizado entre janeiro e março de 2016; o governo estadual espera que a empresa seja vendida por até R$ 8 bilhões
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Reuters - Ao menos oito empresas já procuraram a Eletrobras para demonstrar interesse na compra da distribuidora de energia Celg-D, responsável pelo fornecimento em Goiás, segundo uma fonte próxima às negociações.
No grupo de interessados estão a chinesa State Grid e a italiana Enel, além de Cemig, Equatorial, Energisa, CPFL, Copel e mais uma estrangeira que não teve o nome revelado, disse à Reuters a fonte, sob a condição de anonimato.
A perspectiva da Eletrobras é concluir a venda da Celg-D entre janeiro e março do ano que vem, em leilão na BM&FBovespa que terá preço mínimo de 1,43 bilhão de reais pela fatia de 51 por cento que a estatal federal detém na distribuidora.
"(O leilão vai acontecer) entre janeiro e março, mesmo com essas condições de mercado", adicionou a fonte. A Eletrobras conta com os recursos da venda da Celg-D para fazer frente às necessidades de investimento e de caixa. A estatal teve prejuízo de 4,2 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2015. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, as perdas foram de 4,1 bilhões de reais.
Inicialmente, o governo federal trabalhava com a perspectiva de realizar a venda do ativo ainda esse ano, mas o prazo acabou sendo visto como apertado diante da necessidade de organizar todo o processo.
Segundo a fonte, há expectativa de que os chineses da State Grid "venham com mais força" para disputar a Celg-D, enquanto a Cemig "talvez não venha com esse apetite todo", uma vez que recentemente venceu a disputa por 18 hidrelétricas em leilão do governo federal e terá que pagar uma outorga de 2,2 bilhões de reais pelos ativos.
A CPFL disse, em nota, que já manifestou publicamente o interesse na Celg-D, mas "tem por conduta não comentar detalhes sobre os processos em avaliação". Já a chinesa State Grid afirmou, também em nota, que "confirma seu interesse no setor de distribuição". A Energisa disse que não iria comentar. Cemig, Copel, Equatorial e Enel não responderam imediatamente.
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