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Operação de influência política global do Irã é descoberta

O Facebook e outras empresas disseram na semana passada que várias contas e sites fazem parte de um projeto iraniano para influenciar secretamente a opinião pública em outros países. Uma análise da Reuters identificou mais 10 sites e dezenas de contas no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.

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(Reuters) - Uma aparente operação de influência política iraniana contra usuários de internet em todo o mundo é significativamente maior do que a anteriormente identificada, segundo descobertas da Reuters, abrangendo uma extensa rede de sites anônimos e contas de redes sociais em 11 idiomas diferentes.

O Facebook e outras empresas disseram na semana passada que várias contas e sites fazem parte de um projeto iraniano para influenciar secretamente a opinião pública em outros países. Uma análise da Reuters identificou mais 10 sites e dezenas de contas no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.

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A empresa de segurança cibernética norte-americana FireEye e a israelense ClearSky revisaram as descobertas da Reuters e disseram que indicadores técnicos mostraram que a rede de novos sites e contas descoberta - chamada União Internacional de Mídias Virtuais (IUVM, na sigla em inglês) - era parte da mesma campanha, cujas contas foram retiradas na semana passada pelo Facebook, Twitter e Alphabet.

A IUVM estimula conteúdos da mídia estatal iraniana e outros canais alinhados com o governo de Teerã pela internet, muitas vezes ocultando a fonte original da informação, como a PressTV do Irã, a agência de notícias Fars e a al-Manar TV, dirigida pelo Hezbollah, grupo muçulmano xiita apoiado pelo Irã.

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A PressTV, a Fars, a al-Manar TV e representantes do governo iraniano não responderam aos pedidos de comentários. A missão iraniana no Organizações das Nações Unidas (ONU) na semana passada classificou as acusações como “ridículas”.

A extensa rede de desinformação destaca como vários grupos afiliados a Estados estão explorando as mídias sociais para manipular os usuários e ampliar suas agendas geopolíticas, e como é difícil para as empresas de tecnologia se protegerem contra a interferência política em suas plataformas.

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Em julho, os EUA indiciou 12 russos, que os promotores norte-americanos disseram serem oficiais da inteligência de Moscou, sob a acusação de invadir grupos políticos na eleição presidencial norte-americanas de 2016. Autoridades dos EUA disseram que a Rússia, que negou as acusações, também pode tentar influenciar as eleições parlamentares de novembro.

Ben Nimmo, pesquisador sênior do Digital Forensic Research Lab, do Atlantic Council, que já analisou campanhas de desinformação para o Facebook, disse que a rede IUVM mostra a extensão e a escala da operação iraniana.

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“É um amplificador em grande escala para as mensagens do Estado iraniano”, disse Nimmo. “Isso mostra como é fácil executar uma operação de influência online, mesmo quando o nível de habilidade é baixo. A operação iraniana dependia de quantidade, não de qualidade, mas permaneceu despercebida durante anos.”

INVESTIGAÇÕES ADICIONAIS

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O porta-voz do Facebook Jay Nancarrow disse que a empresa ainda está investigando perfis e páginas ligadas ao Irã e que mais contas foram derrubadas na terça-feira.

“Esta é uma investigação em curso e vamos continuar a descobrir mais”, disse ele. “Também estamos felizes em ver que as informações que nós e outros compartilhamos na semana passada chamaram atenção para esse tipo de comportamento.”

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O Twitter fez referência a um comunicado que divulgou na segunda-feira após receber um pedido de comentários da Reuters. No comunicado, a empresa afirma que removeu mais 486 contas por violar seus termos de uso desde a semana passada, elevando o número total de contas suspensas para 770.

“Menos de 100 das 770 contas suspensas alegaram estar localizadas nos EUA e muitas delas compartilhavam comentários socialmente divisivos”, disse a rede social.

O Google se recusou a comentar, mas retirou a conta da IUVM TV no YouTube depois que a Reuters entrou em contato com a empresa com perguntas sobre o assunto. Uma mensagem na página informa que a conta foi “encerrada por violar os Termos de Serviço do YouTube”.

A IUVM não respondeu a vários emails e mensagens por redes sociais solicitando comentários.

A organização não esconde seus objetivos, no entanto. Os documentos no principal site da IUVM dizem que sua sede está em Teerã e seus objetivos incluem “confrontar com notável arrogância, governos ocidentais e atividades de frente do sionismo”.

A Reuters identificou operações da IUVM em inglês, francês, árabe, farsi, urdu, pashto, russo, hindi, azerbaijano, turco e espanhol.

Por Jack Stubbs e Christopher Bing

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