Operação resgata 15 trabalhadores em situação análoga à escravidão
Auditores-fiscais do Trabalho resgataram, entre os dias 29 de janeiro e 3 de fevereiro, 15 trabalhadores que estavam em condição análoga à escravidão num conjunto de fazendas no município de São Miguel do Araguaia (GO), a cerca 500 km de Goiânia; a situação se configurou pelas condições extremamente precárias de alojamento, somadas a outras irregularidades, como o não fornecimento de equipamentos de trabalho, a inexistência de registro dos empregados e não pagamento de direitos trabalhistas, de acordo com o que constataram os fiscais; estabelecimento alvo da operação é uma grande propriedade rural, formada por três fazendas contíguas, com cerca de 17 mil hectares e 12 mil cabeças de gado, pertencente a um empresário paulista
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Jornal Opção - Auditores-fiscais do Trabalho resgataram, entre os dias 29 de janeiro e 3 de fevereiro, 15 trabalhadores que estavam em condição análoga à escravidão num conjunto de fazendas no município de São Miguel do Araguaia (GO), a cerca 500 km de Goiânia.
A situação se configurou pelas condições extremamente precárias de alojamento, somadas a outras irregularidades, como o não fornecimento de equipamentos de trabalho, a inexistência de registro dos empregados e não pagamento de direitos trabalhistas, de acordo com o que constataram os fiscais.
O estabelecimento alvo da operação é uma grande propriedade rural, formada por três fazendas contíguas, com cerca de 17 mil hectares e 12 mil cabeças de gado, pertencente a um empresário paulista.
Os trabalhadores rurais encontrados na condição análoga à de escravo haviam sido contratados por intermédio de um suposto prestador de serviços (que se apresentava como empreiteiro) e que registrava somente parte dos empregados numa empresa aberta em nome de sua esposa, uma dona de casa extremamente humilde e que nada conhecia sobre obrigações trabalhistas ou tributárias.
Dos 15 empregados, seis estavam irregularmente registrados em nome de empresa da “laranja” e nove estavam totalmente na informalidade.
Parte dos trabalhadores era oriunda do Maranhão e parte da cidade de São Miguel do Araguaia. Todos estavam alojados em condições precárias, num barraco improvisado próximo a um retiro da fazenda, objeto de fiscalização. A moradia não dispunha de paredes e de cobertura adequada e o piso era de chão batido. Não eram fornecidos colchões, roupas de cama e armários. Os trabalhadores dormiam em camas improvisadas, com pedaços de espumas velhas e sujas usadas como colchão. Os pertences pessoais ficam espalhados pelo local.
A operação foi realizada de forma conjunta por auditores-fiscais da Superintendência Regional do Trabalho de Goiás (SRT-GO), integrantes do Ministério Público do Trabalho e agentes Polícia Rodoviária Federal.
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