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Oposição diz que PDDU é 'segregador e racista'

Confusão marcou a última audiência pública realizada pela prefeitura de Salvador sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), na segunda-feira (26), no Centro de Cultura da Câmara Municipal; movimentos sociais e vereadores da oposição chamaram o projeto de 'segregador' e 'racista', por não contemplar com profundidade bairros periféricos e por não ter feito pesquisas populacionais pelo recorte racial; para o vereador Gilmar Santiago (foto), o PDDU que está sendo apresentado tem os mesmos erros do anterior; "Este Plano incide nos mesmos erros do anterior, que foi objeto de investigação, não dialoga com as camadas mais pobres da cidade, preocupando-se muito mais com áreas em crescente ocupação imobiliária", diz o parlamentar

Confusão marcou a última audiência pública realizada pela prefeitura de Salvador sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), na segunda-feira (26), no Centro de Cultura da Câmara Municipal; movimentos sociais e vereadores da oposição chamaram o projeto de 'segregador' e 'racista', por não contemplar com profundidade bairros periféricos e por não ter feito pesquisas populacionais pelo recorte racial; para o vereador Gilmar Santiago (foto), o PDDU que está sendo apresentado tem os mesmos erros do anterior; "Este Plano incide nos mesmos erros do anterior, que foi objeto de investigação, não dialoga com as camadas mais pobres da cidade, preocupando-se muito mais com áreas em crescente ocupação imobiliária", diz o parlamentar (Foto: Romulo Faro)
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Tribuna da Bahia - Confusão marcou a última audiência pública realizada pela Prefeitura de Salvador sobre a minuta do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, na manhã de ontem (26), no Centro de Cultura da Câmara Municipal.

Movimentos sociais e vereadores da oposição chamaram o projeto de segregador e racista, por não contemplar com profundidade bairros periféricos e por não ter feito pesquisas populacionais pelo recorte racial. Na ocasião, os movimentos pediram novas audiências pelo Executivo Municipal por acreditarem que não houve tempo suficiente para esmiuçar a minuta e, dessa forma, agregar todos os pontos apresentados pelos coletivos sociais.

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Prevista para terminar às 15h, a audiência também foi marcada por diversas performances, uma delas bastante inusitada: um membro do coletivo Rio Vermelho em Ação presenteou a mesa, conduzida pela presidente da Fundação Mario Leal, Tânia Scofield, e pelo secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro, com um saco de cimento.

Tratou-se de uma alusão às críticas ao prefeito ACM Neto (DEM), de que ele estaria "acimentando" a cidade em seus projetos de requalificação, sem se atentar para o urbanismo e o paisagismo dos espaços públicos. Os condutores também receberam o que os grupos chamaram de "trator de ouro", de participação popular no PDDU.

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A partir de meados de novembro, o projeto chega ao legislativo municipal para dar início ao rito de debates antes de sua votação, que só deve ocorrer até o primeiro semestre de 2016. No site do Plano Salvador 500 é possível sugerir modificações ou incluir propostas diretamente no texto do Projeto de Lei do PDDU, através do canal "Minuta em Construção".

Para o vereador Gilmar Santiago (PT), o PDDU que está sendo apresentado pela prefeitura tem os mesmos erros do anterior, apresentado na gestão de João Henrique e aprovado às escuras e na calada da noite no final de dezembro de 2008.

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"Este Plano incide nos mesmos erros do anterior, que foi objeto de investigação, não dialoga com as camadas mais pobres da cidade, preocupando-se muito mais com áreas em crescente ocupação imobiliária como a região da Paralela e não toca no quesito raça e cor", declarou o petista. Ele questionou ainda qual a legitimidade da última audiência pública, ocorrida na sede da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb) , que não teve chamamento público e ficou esvaziada.

Oposicionistas cobram mais debate

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Segundo Gilmar Santiago, o Estatuto da Cidade estabelece que projetos de revitalização e de grande impacto na cidade precisam ter audiências com chamamento público em grandes veículos de comunicação, como jornais, rádios e televisões.

"A realização do Enem inviabilizou a participação de muita gente na discussão. Não era para ter acontecido nessa data. Se o objetivo era ampliar os debates em torno da questão, não sei se conseguiram. As famílias estavam acompanhando os filhos nas provas e até mesmo muitos pais e mães estavam participando. É o atestado de que a gestão ACM Neto montou um grande teatro para dizer que está cumprindo a legislação", pontuou.

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Ao contrário dos colegas da oposição, vereadores da base governista garantem que houve debate aprofundado e que o prefeito ainda decidiu por realizar mais duas audiências como a de ontem.

De acordo com o líder da bancada governista, Joceval Rodrigues (PPS) a prefeitura de Neto tem deixado as portas muito abertas para qualquer tipo de sugestão que venha a colaborar ou aprimorar o Plano.

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"O PDDU está sendo tratado com harmonia e transparência. Nem de longe se aproxima do que ocorreu no passado", defendeu o líder do governo, em respostas às cobranças do colegas do grupo contrário.

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