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Paim: ‘Temer não tem apoio da base. Impeachment seria votado rapidamente’

O senador Paulo Paim (PT-RS) alertou as condições desfavoráveis de governabilidade para Michel Temer, após a divulgação na imprensa do conteúdo das delações da JBS, segundo a qual Temer deu aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); "Ele não tem apoio algum da base. Se não tem apoio, seria votado o impeachment rapidamente na Câmara e no Senado. O melhor para ele em nome do País, para sair com o dignidade, é renunciar ao mandato", disse 

Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa ordinária. Em discurso, senador Paulo Paim (PT-RS). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado (Foto: Leonardo Lucena)
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Rio Grande do Sul 247 - O senador Paulo Paim (PT-RS) alertou as condições desfavoráveis de governabilidade para Michel Temer, após a divulgação na imprensa do conteúdo das delações da JBS, segundo a qual Temer deu aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba.

"Ele não tem apoio algum da base. Se não tem apoio, seria votado o impeachment rapidamente na Câmara e no Senado. O melhor para ele em nome do País, para sair com o dignidade, é renunciar ao mandato, chamar a unidade de Nação mediante um processo de eleições para que o povo elege um novo presidente", disse ele durante entrevista à TV Senado.

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O parlamentar se mostrou contrário ao simples afastamento de Temer, que teria como consequência a ocupação do Palácio do Planalto pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusado de ter recebido R$ 1 milhão da OAS em 2014 para defender os interesses da empreiteira no Congresso Nacional. "Como disse um senador que é médico, há momentos em que você tem de fazer a cirurgia, não pode ficar protelando. Afasta Temer e assume quem? Outro que é denunciado", afirmou. 

Segundo pesquisa Ipsos, divulgada no mês passado, 92% dos brasileiros veem o País no rumo errado com Temer. E a situação do peemedebista ficou ainda mais complicada após a delação dos donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley. Os delatores afirmaram que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS).

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Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo.

Em nota, Temer disse que "jamais" solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha e negou ter participado ou autorizado "qualquer movimento" para evitar delação do correligionário. 

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Em delação premiada, o diretor da JBS Ricardo Saud afirmou que Temer, durante a campanha à reeleição em 2014, embolsou R$ 1 milhão de R$ 15 milhões em propina que o PT havia mandado a empresa dar para o então vice-presidente. "Michel Temer fez uma coisa até muito deselegante. Nessa eleição, eu só vi dois caras roubar deles mesmos. Um foi o (Gilberto) Kassab, outro o Temer", disse Saud, em referência também ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações de Temer, segundo o BuzzFeed Brasil.

Janot confirma movimento contra a Lava Jato

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato.

"Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.

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O senador também sugeriu escolher delegados da Polícia Federal para estancar a Operação Lava Jato, na conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. O tucano também chama o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, de "bosta do caralho" (veja aqui).

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi gravado, pedindo R$ 2 milhões a Joesley para supostamente pagar advogados, ainda segundo Lauro Jardim. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB. Segundo a PF, que filmou a cena, o dinheiro foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

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O tucano tratou a propina como venda de apartamento. "Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público. Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário", disse ele, em nota.

 

 

 

 

 

 

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