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Para denunciar violência no campo, sem-terra acampam em Maceió

Cerca de 3 mil sem-terra estão acampados em Maceió para iniciar a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária em Alagoas, que tem como plano de fundo a violência no campo e a luta contra reformas propostas pelo governo Michel Temer; dados do relatório Conflitos no Campo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta 2016 como um dos anos mais violentos no campo

Cerca de 3 mil sem-terra estão acampados em Maceió para iniciar a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária em Alagoas, que tem como plano de fundo a violência no campo e a luta contra reformas propostas pelo governo Michel Temer; dados do relatório Conflitos no Campo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta 2016 como um dos anos mais violentos no campo (Foto: Voney Malta)
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Alagoas 247 - Trabalhadores sem-terra estão acampados, desde a noite desse domingo (16), na Praça Sinimbu, no centro de Maceió, para iniciar a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária em Alagoas. A assessoria de imprensa dos movimentos informou que há 3 mil pessoas acampadas e que pretendem seguir em marcha pela região central da cidade na manhã desta segunda-feira (17).

A jornada tem como plano de fundo a violência no campo e a luta contra reformas propostas pelo governo federal. 

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"Hoje completam-se 21 anos do massacre que assassinou 21 sem-terra durante uma mobilização em Eldorado dos Carajás, no Pará, e para nós é importante demarcar a passagem dessa data com muita luta em memória aos companheiros mortos e em defesa da Reforma Agrária", disse José Roberto, da direção nacional do MST (Movimento Sem Terra).

José Roberto afirma que a pauta da violência está ainda mais atual no campo brasileiro, "passados 21 anos de Eldorado, os massacres continuam acontecendo no campo. O latifúndio e o agronegócio continuam assassinando e ameaçando trabalhadores e trabalhadoras rurais, indígenas e quilombolas".

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Dados do relatório Conflitos no Campo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta o ano de 2016 como um dos anos mais violentos no campo, com maior número de assassinatos em conflitos dos últimos 13 anos, 61 assassinatos - 11 a mais que no ano anterior, quando foram registrados 50 assassinatos.

Além do MST, participam da Jornada a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Unidos pela Terra (MUPT), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Terra Livre e o Movimento Via do Trabalho (MVT).

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Contra o golpe na Reforma Agrária

Durante a Jornada, os sem-terra também denunciam a privatização dos assentamentos, anunciada como "titulação" pelo governo de Michel Temer (PMDB), por meio da Medida Provisória (MP) 759, que alterou no dia 22 de dezembro do ano passado a legislação fundiária e os procedimentos para a efetivação de uma Reforma Agrária, além de exigirem a retomada da aquisição de terras para o assentamento das famílias que ainda vivem acampadas sob a lona preta.

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De acordo com os movimentos, a MP proposta por Temer atinge tanto as famílias hoje acampadas e assentadas, dificultando o avanço da Reforma Agrária e criminalizando a luta pela terra.

Os sem-terra seguem mobilizados em Maceió durante os próximos dias onde devem realizar atos públicos em parceria com as organizações da cidade, pautando a defesa dos direitos dos trabalhadores e contra as medidas do governo federal.

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Com gazetaweb.com e assessoria

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