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Para Dunga, dificuldade pode ajudar Brasil a se tornar time mais "cascudo"

“Você forja um grupo vencedor quando começa a passar pelas dificuldades. Ele começa a ficar cascudo, tem estrutura, o cara começa a ter atitude, responsabilidade e tomar decisões. Aí o grupo começa a se fortalecer”, disse Dunga em um seminário nesta segunda-feira

Técnico da seleção brasileira, Dunga, durante entrevista coletiva no Rio de Janeiro. 22/07/2014 REUTERS/Ricardo Moraes (Foto: Leonardo Attuch)
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - Cobrado por melhores resultados à frente da seleção brasileira, Dunga criticou as constantes mudanças de técnicos no futebol brasileiro e disse que momentos difíceis como o atual podem ser positivos para criar um grupo experiente.

“Você forja um grupo vencedor quando começa a passar pelas dificuldades. Ele começa a ficar cascudo, tem estrutura, o cara começa a ter atitude, responsabilidade e tomar decisões. Aí o grupo começa a se fortalecer”, disse Dunga em um seminário nesta segunda-feira.

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A equipe do Brasil ainda tenta recuperar a imagem após o fracasso na Copa do Mundo em casa, em 2014, quando foi goleada na semifinal pela Alemanha por 7 x 1. De lá para cá, conseguiu bons resultados em amistosos, mas fracassou na Copa América do Chile, em 2015, e está mal nas eliminatórias -- ocupa o sexto lugar, fora da zona de classificação para a Copa da Rússia.

“A gente gosta de mudar treinador e acha que resolve tudo. Mas cadê nossas convicções?", afirmou Dunga. “Assim como muda treinador a gente é muito reticente para outras mudanças. As pessoas querem mudança dentro do campo, mas tem que ser geral. Pensamento, procedimentos.”

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Depois de dois empates em 2 x 2 com Uruguai e Paraguai nas últimas rodadas das eliminatórias, o trabalho de Dunga foi bastante questionado dentro e fora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e especula-se que a entidade teria sondado o técnico Tite e teria sido procurada pelo argentino Jorge Sampaoli, ex-técnico do Chile.

Dunga se defendeu das críticas ao afirmar que a situação do Brasil agora nas eliminatórias é muito semelhante à vivida na disputa por uma vaga na Copa de 2010, e ressaltou que no grupo atual apenas três jogadores já disputaram uma eliminatória anteriormente: Miranda, Daniel Alves e Filipe Luís.

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“É outro campeonato, é outra competição; é outro estilo e outra forma de jogar... até parece que a gente sempre se classificou com facilidade. Sempre foi com muita dificuldade”, avaliou o treinador.

"COMPROMETIMENTO"

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Dunga reconheceu ainda que o país, diferentemente do passado, não produz tantos jogadores de qualidade. “Continuamos produzindo jogadores de qualidade, talvez não mais em todas as posições, mas continuamos sendo uma referência”, disse ele.

Sem citar nomes, mas aparentemente num recado para o atacante Neymar, que vem sendo acusado de não ter um postura de líder e capitão da seleção brasileira e de se preocupar mais com o sucesso e carreira particular, Dunga afirmou que o futebol brasileiro tem de apostar mais na coletividade para que a qualidade individual possa sobressair em favor do grupo.

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“Tem jogador com comportamento na Europa e quando chega no Brasil com outro tipo de comportamento. Será que a falha é do jogador ou nossa, que tratamos o jogador com paternalismo”, disse Dunga.

“Sem dúvida a individualidade é importante. Tendo jogadores bons e fora de série sua chance de vencer é maior. Tem que ter a parte coletiva para vitórias coletivas serem benefícios individuais. Cada um tem que ter comprometimento com a sua seleção e equipe”, completou.

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O treinador afirmou que os brasileiros têm um grande defeito ao aceitar que um bom jogador “possa ser absolvido de sua obrigação coletiva”.

O Brasil disputa a Copa América nos Estados Unidos, em junho, sem o atacante Neymar. O jogador do Barcelona é presença certa na Olimpíada do Rio de Janeiro, em agosto, após acordo entre seu clube e a CBF.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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