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Para Folha, revés de Aécio é irreversível

"Se expoentes petistas sofreram os maiores danos provocados pelos escândalos de corrupção, os tucanos nem de longe saíram incólumes. Seus últimos três candidatos à Presidência —Aécio Neves (MG), José Serra e Geraldo Alckmin (SP)— estão entre os alvos da Lava Jato; o revés político do primeiro parece irreversível", diz editorial da Folha de S. Paulo desta sexta-feira, sobre os dilemas enfrentados pelo PSDB

aecio (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – Em editorial publicado nesta sexta-feira, a Folha de S. Paulo avalia que a carreira do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) pode ter chegado ao fim. Confira abaixo:

Dilema tucano

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Nascido de uma costela do PMDB, há quase três décadas, o PSDB notabilizou-se por aglutinar quadros qualificados e influentes da academia, do mercado e da burocracia estatal.

Muito de sua imagem e prática, decerto, desfigurou-se com o tempo. Da social-democracia de seu nome, o partido migrou para a centro-direita a partir dos anos 1990, com a oportunidade de derrotar o PT e assumir o Planalto. Foi na máquina paulista, entretanto, que assentou bases duradouras.

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Se expoentes petistas sofreram os maiores danos provocados pelos escândalos de corrupção, os tucanos nem de longe saíram incólumes. Seus últimos três candidatos à Presidência —Aécio Neves (MG), José Serra e Geraldo Alckmin (SP)— estão entre os alvos da Lava Jato; o revés político do primeiro parece irreversível.

Ainda assim, a legenda é tida como um dos sustentáculos do presidente Michel Temer (PMDB) –e a reunião marcada para segunda-feira (12), em que decidirá sobre a permanência na coalizão situacionista, tende a ser decisiva para os rumos do governo.

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Nem tanto pelo peso do PSDB no Legislativo federal, onde tem não mais que 9% da Câmara dos Deputados e 14% do Senado.

Importa, sem dúvida, a credibilidade que a sigla mantém entre formadores de opinião, associada a seu compromisso com as reformas econômicas. Mais ainda, estão em jogo as estratégias do campo liberal e conservador (à falta de nomenclatura mais precisa) para as eleições do próximo ano.

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Os tucanos voltaram a acoplar-se à nave-mãe peemedebista após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), contando, certamente, com a perspectiva de liderar uma aliança centrista no pleito presidencial.

Agora, mesmo que Temer escape da cassação pela Justiça Eleitoral, o partido reavalia a conveniência de se manter atrelado a um governo, além de impopular ao extremo, sujeito a novos e previsíveis desgastes e acusações.

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Em seu campo ideológico, afinal, o PSDB ainda tem os nomes de maior visibilidade para a corrida ao Planalto; apresentam-se o governador Alckmin e a aposta no prefeito paulistano, João Doria. Afora estes, restam ao eleitorado antipetista a direita tosca de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e as ambiguidades de Marina Silva (Rede-AC).

Tudo se afigura por demais especulativo, claro, a tamanha distância da disputa. Fato é que, ao menos por ora, as incertezas em torno do presidente enfraqueceram —e encareceram— seus apoios no Congresso Nacional.

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Nesse conflito de oportunismos, as ameaças mais graves pairam sobre as reformas essenciais.

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