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Para PT e PSB a sonoplastia é "entre tapas e beijos"

Quase como no filme "E o vento levou", PT e PSB são protagonistas de uma briga ferrenha; enquanto um vê o até agora aliado com extrema desconfiança, o outro tenta viabilizar os seus planos de chegar à Presidência da República em 2014 sem romper de uma vez com o governo; nesta seara, a presidente Dilma Rousseff (PT) lançou em Serra Talhada, interior pernambucano, um pacote de obras de R$ 3,1 bi e anunciou uma série de medidas para beneficiar Pernambuco, estado do potencial candidato Eduardo Campos; a meta é não dar motivos para justificar uma saída do PSB da base governista; já Eduardo não pode romper de vez com o PT, seja por depender dos recursos federais ou para evitar a pecha de ingrato que tentam lhe impingir; pelo visto tanto os tapas como os beijos devem continuar

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Paulo Emílio _PE247 - Se a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador de Pernambuco e potencial candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, preferiram evitar o embate direto durante a inauguração do primeiro trecho da Adutora do Pajeú, em Serra Talhada, Sertão pernambucano, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, acabou sendo utilizado, mesmo que de forma indireta, para enviar a Campos o alerta de que o PT poderá apoiar FBC ao Governo do Estado caso haja um rompimento entre as legendas e o governador venha a sair candidato à Presidência no próximo pleito.

Se ultimamente têm crescido os rumores de que o PT tenta levar FBC para as suas fileiras ou mesmo demiti-lo, como uma maneira de isolar o governador Eduardo Campos, a presidente não parece disposta a dar motivos para que o socialista deixe as fileiras da base governista sob algum pretexto motivado pelo tratamento dado pelo Governo Federal, seja a Pernambuco, ao PSB ou ao próprio Campos. Foi que se viu nesta segunda-feira (25) em Serra Talhada, Sertão pernambucano, quando Dilma “paparicou” FBC e anunciou um pacote de mais de R$ 3,1 bilhões destinado ao Estado.

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Nas últimas semanas, Eduardo subiu o tom das críticas ao Governo Federal e no que diz respeito à política econômica. Apesar de muitos petistas se mostrarem irritados com o que consideram ingratidão por parte do PSB, exigindo retaliações duras contra os planos presidenciais de Eduardo, Dilma parece ter adotado uma postura mais serena. Sem ter motivos para justificar uma saída da base aliada, caberia ao próprio PSB e a Eduardo Campos arrumar uma justificativa capaz de convencer a população das razões para o rompimento.

Um outro ponto a ser levado em consideração são os altos índices de popularidade da presidente, tanto em nível nacional como mais significativamente no Nordeste, região onde Campos tem uma grande penetração mas muito aquém do registrado por Dilma e pelo ex-presidente Lula, ambos do PT.  A aprovação da petista chega a 79% em todo o Brasil, mas no Nordeste este índice chega a 85%, impulsionado em grande parte pelos mecanismos de transferência de renda como o bolsa-família.

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Estes indicadores servem para dar uma certa tranquilidade a Dilma, mas também não são garantias de que se a economia não for bem, Eduardo não s se valha deste mote para se colocar como uma alternativa à permanência do PT no poder.

Daí a razão para tratar o governador  pernambucano com luvas de pelica, mas nem tanto. Em Serra Talhada, ela afirmou que “nenhuma força política é capaz de dirigir sozinha o Brasil. Precisamos que esses parceiros sejam comprometidos com esse País”, em uma referência direta à questão da permanência do PSB na base aliada e, também, em tonro do apoio da legena em torno de seu projeto de reeleição.

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Dilma também se derramou em elogios a FBC o que levanta uma luz de alerta, em especial quando os rumores de sua possível saída do Ministério da Integração ganharam volume nas última semanas. Também ganharam corpo as especulações de que ele poderia deixar as fileiras socialistas e se vincular ao PT. Neste caso, caso as tratativas nesta direção sejam confirmadas - algo negado veementemente pelo ministro – o tratamento presidencial dispensado a FBC faz sentido já que na eventualidade de uma candidatura de Eduardo Campos em 2014, FBC poderia ganhar o apoio do Planalto para disputar a eleição pelo governo estadual caso esteja vinculado ao PT. E FBC espera sim uma chance para disputar o pleito estadual, resta saber em qual lado da trincheira ele se posicionará.

Já Eduardo vem intensificando sua agenda, tentando ganhar a simpatia do empresariado nacional e fortalecendo sua relação com políticos das mais diversas correntes, sejam da oposição ou daqueles que integram a base aliada mas se mostram insatisfeitos com o governo por alguma razão. Hoje, Eduardo encontra-se em quarto lugar nas intenções do eleitorado, onde  Dilma, Marina Silva (Rede) e Aécio Neves (PSDB) figuram à sua frente. Segundo a imprensa, ele teria dito a correligionários que só se lançará candidato caso consiga 10um índice de partida de 10%.

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Daí os esforços de ambos os lados. Um para crescer e outro para barrar este crescimento. Agora é esperar os próximos movimentos e aguardar como se movimentarão as peças do xadrez político para 2014.

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