Passaglia se cala sobre denúncia de laranja
Ligado ao ex-prefeito Iris Rezende, ex-diretor da Comissão de Compras e de Licitação da Prefeitura de Goiânia não esclarece acusação na CPI da Assembleia; ele teria recebido pelo menos R$ 6 milhões do policial civil aposentado Alcino de Souza, que aparece como dono da GM Comércio de Pneus, uma suposta empresa do próprio Passaglia em nome do laranja
Goiás247_ A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa de Goiás recebeu para ontem o empresário Fábio Passaglia, ex-diretor da Comissão de Compras e Licitação da Prefeitura de Goiânia. Passaglia apresentou habeas corpus e ficou em silêncio, deixando de esclarecer dúvidas importantes na investigação do esquema de envolvimento da contravenção com o poder público em Goiás.
Passaglia foi convocado a prestar esclarecimentos porque de acordo com denúncia veiculada na imprensa, teria recebido pelo menos R$ 6 milhões do policial civil aposentado Alcino de Souza, que aparece como dono da GM Comércio de Pneus. O policial teria revelado que apenas emprestou seu nome para a abertura da empresa, que na verdade seria de Passaglia.
O empresário foi diretor da Comissão de Licitações na gestão de Iris Rezende (PMDB) na Prefeitura de Goiânia e teria sido indicado por Ana Paula, filha do ex-prefeito. Passaglia ocupou cargo semelhante na Prefeitura de Aparecida, com o também peemedebista Maguito Vilela.
Na sessão de ontem, a CPI, que foi criada para investigar possível ligação de autoridades goianas com a contravenção e ainda a atuação das empresas Delta e Gerplan no Estado, quebrou os sigilos bancário, fiscal, telefônico e de SMS da empresa GM Comércio de Pneus e Peças Ltda. Os sigilos do pretenso dono da empresa, Alcino de Sousa, já tinham sido quebrados pela Comissão. O deputado Tulio Isac (PSDB) lembrou que a GM foi denunciada como empresa de fachada e lembra que Alcino repassou em seis meses R$ 6 milhões ao empresário Fábio Passaglia, quando este presidiu a Comissão de Licitação da Prefeitura de Goiânia com Iris Rezende.
A CPI ouviu ontem o presidente da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep), Edemundo Dias, que falou como testemunha. A comissão anunciou que o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, será ouvido na semana que vem, dia 8.
Ontem, os deputados Tulio Isac e Talles Barreto (PTB) apresentam requerimento solicitando a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e de SMS do vereador de Catalão Gilmar Antônio Neto (PMDB). Os sigilos do atual e do ex-prefeito da cidade, Velomar Rios e Adib Elias, já foram quebrados pela CPI. A Prefeitura de Catalão firmou contratos sem licitação com a Delta, braço empresarial do contraventor Carlos Cachoeira.
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