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Perito aponta falhas na primeira perícia realizada em PC Farias e Suzana Marcolino

O perito criminal Domingos Tochetto defende a tese de duplo homicídio e não um assassinato seguido de suicídio. Antes do início dos esclarecimentos dos peritos, o advogado de defesa dos policiais, José Fragoso, pediu que as apresentações dos peritos não fossem feitas, alegando que o Ministério Público – que pede a condenação dos quatro réus – teria se reunido com os profissionais antes de eles comparecerem ao Tribunal do Júri.

Perito aponta falhas na primeira perícia realizada em PC Farias e Suzana Marcolino (Foto: Itawi Albuquerque/Futura Press/F)
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Alagoas247 - O quarto dia de julgamento do caso PC Farias teve início nesta quinta-feira (9) com o esclarecimento do perito criminal Domingos Tochetto, que apresentou o resultado dos trabalhos feitos por ele em relação ao caso. O laudo final elaborado na época, após os trabalhos de perícia, dá conta de que houve um duplo homicídio no local - e não um assassinato seguido de suicídio.

O perito deu início às explicações falando sobre os resíduos encontrados nas mãos de Suzana pela equipe que fez a primeira perícia no local do crime, destacando que os elementos não comprovam que ela teria efetuado disparos de arma de fogo.

Tochetto contou que a água utilizada pela equipe de peritos que esteve no local do crime não era a adequada. “Normalmente usamos água destilada. Eles não tinham esse líquido e usaram água mineral. Eles embeberam algodão e retiraram os resíduos. Dos quatro elementos encontrados após os exames feitos nas mãos de Suzana [alumínio, enxofre, cloro e potássio], três estão contidos na água utilizada na lavagem. Mas o fato mais importante é que nenhum desses elementos é oriundo de um tiro”, falou.

Durante os esclarecimentos, o perito solicitou ao juiz que tivesse acesso a uma arma semelhante à utilizada no crime para que pudesse fazer uma demonstração sobre o movimento que deveria ter sido feito caso o crime se tratasse de homicídio.

Tochetto mostrou imagens de tiros produzidos por revólver – mesma arma utilizada no crime -, ressaltando que, ao efetuar um disparo com esse tipo de arma, resíduos saem por diversos locais e envolvem, por completo, a mão do atirador.

Ele ressaltou o fato de não haver vestígios de sangue nem na arma e nem nas mãos de Suzana Marcolino. “A ausência de elementos metálicos nas mãos dela e a ausência de sangue na arma e nas mãos dela são provas de que Suzana não empunhou a arma”, falou.

Tochetto afirmou que a mesa localizada ao lado da cama onde o casal foi encontrado continha, quase um ano depois do crime, vestígios de sangue, o que não consta, segundo ele, no primeiro laudo. “Outro vestígio importante é a presença de vestígios de sangue na mesa que ficava ao lado da cama. Ter vestígios de sangue na mesa é sinal de que Suzana estava em frente ou bem próxima ao móvel”, afirmou.

Antes do início dos esclarecimentos dos peritos, o advogado de defesa dos policiais, José Fragoso, pediu que as apresentações dos peritos não fossem feitas, alegando que o Ministério Público – que pede a condenação dos quatro réus – teria se reunido com os profissionais antes de eles comparecerem ao Tribunal do Júri. A informação foi negada pelo promotor Marcos Mousinho e o requerimento feito pelo advogado foi indeferido pelo juiz Maurício Brêda.
Com gazetaweb.com

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