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Pimenta sobre Zelotes: 'é preciso investigação dentro da investigação'

O relator da subcomissão da Câmara que acompanha a Operação Zelotes, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), disse temer que haja uma contaminação das "esferas superiores" no andamento dos processos, em razão dos vultuosos valores e do envolvimento de pessoas muito influentes no País; segundo as investigações, a fraude fiscal pode chegar até R$ 19 bilhões; Pimenta afirmou achar "estranho" a Justiça ter negado os 26 pedidos de prisão solicitados pelo MPF e ter decretado o sigilo das investigações; ele anunciou que, na próxima semana, fará uma representação ao CNJ pedindo a instauração de procedimento para apurar possíveis irregularidades na prestação jurisdicional na 10ª Vara Criminal Federal do DF

O relator da subcomissão da Câmara que acompanha a Operação Zelotes, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), disse temer que haja uma contaminação das "esferas superiores" no andamento dos processos, em razão dos vultuosos valores e do envolvimento de pessoas muito influentes no País; segundo as investigações, a fraude fiscal pode chegar até R$ 19 bilhões; Pimenta afirmou achar "estranho" a Justiça ter negado os 26 pedidos de prisão solicitados pelo MPF e ter decretado o sigilo das investigações; ele anunciou que, na próxima semana, fará uma representação ao CNJ pedindo a instauração de procedimento para apurar possíveis irregularidades na prestação jurisdicional na 10ª Vara Criminal Federal do DF (Foto: Leonardo Lucena)
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Rio Grande do Sul 247 – O relator da subcomissão da Câmara Federal que acompanha a Operação Zelotes, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), defendeu que seja feita uma "investigação dentro da investigação". O parlamentar disse temer que haja uma contaminação das "esferas superiores" no andamento dos processos, em razão dos vultuosos valores e do envolvimento de pessoas e empresas muito influentes no País. De acordo com as investigações da PF, a fraude fiscal pode chegar até R$ 19 bilhões.

Segundo Pimenta, é "estranho" a Justiça ter negado os 26 pedidos de prisão solicitados pelo Ministério Público Federal e ter decretado o sigilo das investigações. Como consequência, o deputado anunciou que, na próxima semana, fará uma representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a instauração de procedimento para apurar possíveis irregularidades na prestação jurisdicional na 10ª Vara Criminal Federal do DF.

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"Não é razoável que um País como o nosso, com as necessidades e as dificuldades que possui, tenha créditos bilionários sem que haja uma agilidade ou prioridade por parte do Poder Judiciário. Como é possível existir processos bilionários como esses prescrevendo em prejuízo da União em varas especializadas de combate à lavagem de dinheiro e aos crimes de colarinho branco?", questionou o deputado Pimenta.

De acordo com o relator, deputado Paulo Pimenta, os próximos convidados para falarem à subcomissão serão o Presidente do Carf, Carlos Alberto Freitas Barreto, e a Corregedora Geral do Ministério da Fazenda, Fabiana Vieira Lima.

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A subcomissão recebeu, na manhã desta quarta-feira (20), os delegados da Polícia Federal Marlon Oliveira Cajado dos Santos, da Divisão de Repressão a Crimes Fazendários, e Hugo de Barros Correia, da Coordenadoria Geral da Polícia Fazendária. Os dois são responsáveis pela investigação da Operação Zelotes, que apura o esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), em que empresas com débitos tributários com a Receita Federal pagavam propina a conselheiros que atuavam no órgão para escaparem das dívidas.

Na audiência pública, que foi acompanhada durante boa parte somente por deputados petistas, os delegados fizeram críticas à legislação, à composição do Carf e à Súmula Vinculante 24 do Supremo Tribunal Federal que, segundo eles, reduziu pela metade os inquéritos policiais contra crimes tributários nos últimos cinco anos.

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"Não é que diminuiu a quantidade de crimes tributários, ou que a Polícia está investigando menos. A Súmula do STF, de 2009, consolida o entendimento de que a PF não pode instaurar inquérito policial se a Receita Federal, em sua última instância, não constituir definitivamente o crédito tributário. Isso dificulta e impede o início de uma investigação", lamentou o delegado Hugo Correia.

O delegado informou que muitas das investigações relacionadas ao Carf só foram possíveis a partir de evidências de crimes de corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Os delegados enfatizaram que a legislação brasileira permite um tratamento diferenciado para crimes tributários em relação aos crimes comuns. Segundo eles, a leis são mais condescendentes no âmbito do direito penal tributário.

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De acordo com delegado Marlon Cajado dos Santos, a conclusão do inquérito deverá ocorrer em quatro meses, e que a ideia é desmembrar a investigação para dar mais celeridade. Marlon Cajado dos Santos também criticou a fórmula de composição do Carf, que possui 216 conselheiros, sendo metade de servidores de carreira da Receita Federal e a outra metade composta por representantes da sociedade civil. "Está demonstrada que a paridade do Carf facilitava a atuação de pessoas que buscavam cometer irregularidades", disse com base nas investigações.

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