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PM usa bombas de gás e spray de pimenta em reintegração de posse

Reintegração de posse em um terreno de 1,98 milhão de metros quadrados na zona leste da capital paulista continua tensa após a Polícia Militar ter atirado bombas de gás e spray de pimenta contra as famílias; focos de incêndio foram provocados pelos moradores; ao menos 500 pessoas terão de deixar suas casas, calculam oficiais de Justiça; jornalistas foram impedidos pela PM de acompanhar a remoção

Reintegração de posse em um terreno de 1,98 milhão de metros quadrados na zona leste da capital paulista continua tensa após a Polícia Militar ter atirado bombas de gás e spray de pimenta contra as famílias; focos de incêndio foram provocados pelos moradores; ao menos 500 pessoas terão de deixar suas casas, calculam oficiais de Justiça; jornalistas foram impedidos pela PM de acompanhar a remoção (Foto: Paulo Emílio)
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Fernanda Cruz, repórter da Agência Brasil - A reintegração de posse em um terreno de 1,98 milhão de metros quadrados na zona leste da capital paulista segue tensa desde às 6h de hoje (8). Após a Polícia Militar ter atirado bombas de gás e spray de pimenta contra as famílias, focos de incêndio foram provocados pelos moradores. Ao menos 500 pessoas terão de deixar suas casas, calculam oficiais de Justiça.

O local, ocupado há 2 anos, é de propriedade da construtora Savoy, que pretende erguer ali um condomínio. A área, localizada rua José de Costa Andrade, número 35, é bastante arborizada e tem vegetação nativa, com difícil acesso. Jornalistas foram impedidos pela PM de acompanhar a remoção.

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Luís Eduardo Ferreira de Melo, 28 anos, feirante, tem três filhos. Ele tentava salvar os poucos pertences que tem, como televisão, geladeira e fogão. "Estou com a minha perua tentando tirar, mas eles não deixam entrar. Falaram para eu esperar e tirar no final. Mas se eu esperar não vai sobrar nada", lamentou.

A esposa de Luís, Maria, disse que a casa de aluguel onde a família morava anteriormente tinha pegado fogo por problema na fiação. "A gente não tinha recurso, dinheiro, comecei a morar aqui. Mas agora sou obrigada a sair. Não tenho para onde ir", disse ela. A família estava na ocupação há 7 meses.

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Maria Aparecida da Silva, 33 anos, chegou com o marido e cinco filhos há 20 dias de Juazeiro do Norte, no Ceará. A família tentava retirar os pertences, como fogão, cama das crianças, roupas, documentos.

"Na hora que a gente foi retirar, tacaram bomba de gás. A gente correu com as crianças, eles estavam chorando, com olho ardendo", disse ela. "Viemos [para São Paulo] tentar a vida, mas não deu. Nós vamos seguir em frente. Não pode desistir. Vamos ficar na rua com essas crianças todas", completa Francisco Alves Bezerra, de 47 anos.

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A Agência Brasil entrou em contato com a secretaria municipal da Habitação, que ainda não se pronunciou.

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