População da Região Norte rejeita revisão do Plano Diretor
Audiência pública comandada pelo vereador Djalma Araújo na UFG foi marcada por protestos de moradores contra a obra da Hypermarcas e alterações na lei urbanística; universidade e associações aderem à campanha e vão enviar documentos à Câmara e ao prefeito pedindo que tramitação da matéria seja paralisada
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Goiás 247_ Suspensão da tramitação do projeto de revisão do Plano Diretor e a realização de um plebiscito. Esta é a proposta apresentada pelo vereador Djalma Araújo (PT) durante audiência pública, na manhã desta terça-feira, 23, na Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás (UFG) para discutir as mudanças apresentadas pelo Paço Municipal, que inclusive, já foram aprovadas em primeira votação pela Câmara.
A expectativa é que o projeto seja apreciado em definitivo nesta quinta-feira após passar pela Comissão Mista. Se aprovado seguirá para sanção do prefeito Paulo Garcia. No entanto, a cobrança de Djalma ganhou força e a audiência definiu ainda que seja criada uma comissão com as diversas representações sociais para levar as reivindicações da população ao prefeito e solicitar que ele retire o projeto da pauta.
O reitor da UFG, Edward Madureira, informou que irá encaminhar ofício à Câmara Municipal solicitando a retirada do projeto da pauta de votação desta semana, como é o desejo popular. “A audiência marcou um espaço democrático. Uma contribuição bastante positiva e espero que ajude os vereadores e prefeito na hora de tomar as decisões,” e acrescentou: “As entidades representadas vão procurar o prefeito para o diálogo. E a UFG vai solicitar a Câmara e a prefeitura mais tempo antes da apreciação das propostas de revisão para que as questões técnicas sejam esclarecidas”, afirma.
No debate, os cientistas políticos e professores da UFG, Pedro Célio e Frank Tavares propuseram como medida judicial um mandado de segurança para evitar a possível votação da revisão do Plano Diretor nesta semana.
Impacto
Djalma destaca que o projeto atende apenas o setor econômico em detrimento do cidadão, do meio ambiente, já que a revisão aumenta o grau de incomodidade para o nível máximo da região Norte, o que legaliza a obra da Hypermarcas e abre precedentes para outras indústrias poluidoras.
“Não podemos aceitar. A cidade se transformará em um caos. A região Norte é o berço das águas e será colocada em risco. E os impactos serão sentidos em toda cidade. Haverá impacto de trânsito e vizinhança. Serão danos ambientais irreparáveis. Uma indústria poluidora abrir a possibilidade para outras. Onde passa um boi passa uma boiada, pontua Djalma.
A sessão na Câmara Municipal não foi suspensa, o que ainda despertou indignação dos participantes do DCE. “É uma falta de respeito o presidente da Câmara não estar aqui e não ter suspendido a sessão por uma questão mais importante da cidade no momento”, diz um membro do DCE.
Participaram do debate membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE), professores e cientistas, Associação Verdivale, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás, moradores da região Norte, e os vereadores Djalma Araújo (PT), Anselmo Pereira (PSDB), Geovani Antônio (PSDB), Dra. Cristina Lopes (PSDB), Elias Vaz (PSol), Paulo Borges (PMDB) e uma rápida passagem de Felizberto Tavares (PT).
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