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PP gaúcho apoiou Aécio em bloco, lembra Tarso Genro

Ex-governador petista vê tentativa de ocultamento das relações entre os denunciados e o senador mineiro; identifica ainda um processo de “justiçamento midiático” se formando no país; o ex-presidenciável tucano esteve no Rio Grande mais de uma vez para pedir votos à candidata ao governo Ana Amélia (foto), do PP, partido cuja bancada, em bloco, está citada na lista do procurador Janot; um dos seis integrantes da sigla, o deputado federal Luiz Carlos Heinze, virou notícia nacional ao acusar o então secretário geral da Presidência Gilberto Carvalho de ser um protetor de gays, lésbicas, índios, quilombolas e “tudo que não presta”

Ex-governador petista vê tentativa de ocultamento das relações entre os denunciados e o senador mineiro; identifica ainda um processo de “justiçamento midiático” se formando no país; o ex-presidenciável tucano esteve no Rio Grande mais de uma vez para pedir votos à candidata ao governo Ana Amélia (foto), do PP, partido cuja bancada, em bloco, está citada na lista do procurador Janot; um dos seis integrantes da sigla, o deputado federal Luiz Carlos Heinze, virou notícia nacional ao acusar o então secretário geral da Presidência Gilberto Carvalho de ser um protetor de gays, lésbicas, índios, quilombolas e “tudo que não presta” (Foto: Realle Palazzo-Martini)
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Sul21 - O PP gaúcho, cuja bancada federal aparece inteira na lista de políticos investigados na Operação Lava-Jato, divulgada na última sexta-feira (6), apoiou a candidatura de Aécio Neves (PSDB) nas eleições presidenciais de 2014, colocando-se contra o governo de Dilma Rousseff (PT). Um dos seis integrantes do PP citados na lista, o deputado federal Luiz Carlos Heinze virou notícia nacional ao acusar, durante uma audiência pública realizada no interior do Rio Grande do Sul, o então secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, de ser um protetor de gays, lésbicas, índios, quilombolas e “tudo que não presta”. Em 2014, Aécio Neves veio mais de uma vez ao Rio Grande do Sul para apoiar a candidatura da senadora Ana Amélia Lemos (PP) ao governo do Estado.

A lembrança foi feita nesta segunda-feira (9) pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que vê uma tentativa de ocultamento deste fato em setores da imprensa local. “Há uma particularidade importante, aqui no Estado, que até agora não foi ressaltada. Aqui no Rio Grande do Sul, os grupos políticos que estão sendo incriminados foram aqueles que formaram o bloco contra a Dilma e contra o meu governo no Estado. Ou seja, a cor local do fato político, até agora não foi ressaltada devidamente, o que é uma clara omissão para proteger o bloco conservador, que aliás ganhou a eleição, legitimamente, aqui no RS”, assinalou o ex-chefe do Executivo gaúcho. O jornal Zero Hora publicou uma matéria sobre “como os deputados gaúchos do PP se aproximaram do governo (Dilma)”, sem mencionar o fato de que o PP gaúcho apoiou Aécio Neves na disputa presidencial do ano passado.

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Tarso Genro não acredita que todas as pessoas que estão sendo apontadas para investigação serão consideradas culpadas, ao fim do processo. “Algumas podem ter se beneficiado sem saber, outras, podem ter sido alvo de uma delação premiada, para proteger pessoas que o delator não quer apontar. Vejam como Aécio ficou feliz!”, assinala. O ex-governador critica ainda o clima de “justiçamento midiático” que se formou no país: “Esse clima que esconde interesses políticos, que promove a fragilização da política e o enfraquecimento dos partidos, jamais me levará para esse tipo postura fascista de incriminação em grupo e sem provas. De outra parte, é claro que estes inquéritos são importantes para combater, tanto a corrupção no setor público, como no setor privado”.

Crítico daqueles que tentam transformar partidos políticos em organizações criminosas, Tarso Genro alerta para os riscos dessa postura: “Não acho que o PP e o PMDB sejam organizações criminosas. São partidos políticos tradicionais, que têm eleitorado, defendem interesses regionais e de classes, mas estão longe de serem organizações criminosas. Só dentro da democracia essas coisas aparecem, como apareceram dentro do meu partido e de todos os partidos”. Para ele, “fulminar a validade dos partidos é despertar numa parte da comunidade, um sentimento de impotência, que só favorece os verdadeiros criminosos, os que defendem aniquilamento da democracia e o monopólio de formação da opinião, para, ao fim e ao cabo, eles mandarem em tudo de maneira irrestrita”. E conclui:

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“Nossa torcida, de todas as pessoas honestas de todos os partidos, e que prezam o regime democrático , no meu caso, com uma veneração especial à Constituição de 88, é que os processos andem, garantam o direito de defesa, condenem com provas e absolvam quem não tem culpa. E fica o registro para a posteridade: aqui no RS, as facções que estão respondendo na polícia e na justiça, são principalmente as facções oposicionistas, ao meu Governo, governo do PT, com seus aliados”. (Marco Weissheimer)

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