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Prefeito de Duque de Caxias faz alerta a Campos

O Prefeito de Duque de Caxias (RJ), Alexandre Cardoso (PSB), ao mesmo tempo em que atribui ao governador e virtual candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, o status de político “moderno, novo e capaz”, observa que o correligionário precisa reforçar a sua posição de centro-esquerda sob o risco de sair das eleições menor do que entrou; Cardoso, assim como o o ex-ministro Ciro Gomes e o seu rimão, o governador do Ceará, Cid Gomes, também defende que a legenda defina o quanto antes se permanece na base aliada ou se vai migrar para a oposição ao governo da presidente Dilma Roussef (PT)

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PE247 – Embora o governador de Pernambuco e presidente nacional do PDB, Eduardo Campos (PSB), tenha vários integrantes do seu partido apoiando o seu projeto presidencial, outros dirigentes acham que o gestor tomará uma atitude precipitada, caso seja candidato no próximo ano, e possa sair da disputa com menos força política do que quando entrou na corrida rumo ao Planalto. Um deles é o prefeito de Duque de Caxias (RJ), Alexandre Cardoso (PSB), que ao mesmo tempo em que atribui a Campos o status de político “moderno, novo e capaz”, observa que o correligionário precisa reforçar a sua posição de centro-esquerda.

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Segundo Cardoso, caso não observe certos cuidados, o caso de Campos poderá ser igual ao do seu correligionário Ciro Gomes, que já foi do PPS (hoje MD – fusão entre PPS e PMN) e que atualmente encontra-se enfraquecido nacionalmente. O ex-governador do Ceará foi candidato a presidente em 1998 e em 2002. Outros exemplos utilizados pelo gestor municipal são o de Heloísa Helena (Psol) e Cristovam Buarque (PDT), em 2006. Cardoso afirma que esses ex-postulantes viram suas carreiras declinarem depois que disputaram as eleições majoritárias.

O prefeito, que também é presidente do PSB no Estado do Rio e quarto vice-presidente da Executiva nacional, disse que mesmo com uma vitória de Campos, o projeto de ter candidato a presidente em 2014 é arriscado e comparou a situação do PSB com a vivida pelo ex-presidente Fernando Collor de Melo, que sofreu um impeachment em 1992.

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“Lembra do PRN, do Collor? Bateu uma onda nele, acabou. O que segurou o (ex-presidente) Lula, durante o maremoto político do mensalão, foram os movimentos sociais. Ele tinha base. O nosso partido cresceu eleitoralmente, mas precisa de base popular, que, lógico, ainda não tem. O partido hoje não tem uma estrutura para poder lançar candidato a governador no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas...”, declarou Cardos ao jornal Valor Econômico.

Para o pessebista, a legenda necessita de uma grande aproximação com as bases. “O PSB tem que entrar no movimento sindical, no movimento popular. Do contrário, não resiste”, afirmou. De acordo com o Valor Econômico, o partido passou de uma prefeitura no Estado do Rio de Janeiro (com 92 no total) para oito nas eleições municipais do ano passado e subiu de uma votação, que não chegava nem a 1%, para 10%. Na avaliação do prefeito, que já foi deputado federal e secretário de Ciência e Tecnologia no Rio de Janeiro, “se um partido, hoje, não tiver densidade na população, não existe”.

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O PSB foi o partido que mais cresceu nas eleições municipais em 2012. Saltou de 310 para 443 prefeituras e está governando para 11% do eleitorado, enquanto antes do último pleito, este percentual chegava a 6%. Além disso, é a legenda que governa o maior número de capitais (seis) – Recife (PE), Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Belo Horizonte (MG) e Cuiabá (MT).

De acordo com o prefeito de Duque de Caxias, esse crescimento foi consequência de “algumas personalidades, que podem, amanhã, fazer uma política nacional”. Mas isso não significa que podem fazer a diferença hoje, na visão dele. “Eu sou prefeito de uma cidade com 1 milhão de habitantes e R$ 2 bilhões de orçamento. Sabe quantas cidades têm esse orçamento no Brasil? Umas 15. O orçamento de Duque de Caxias é maior que o de Estados como Amapá, Piauí, Roraima. Mas não sou eu que sou hoje o candidato a governador, gente. Não pode pensar assim”, disparou o gestor.

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O prefeito disse que Eduardo Campos é uma “a síntese de um político moderno, novo, capaz”, porém precisa reafirmar a sua posição de centro esquerda para ter base popular. Caso contrário, poderá perder a credibilidade após a eleição que disputar. “Esse é o risco. O partido é de esquerda, faz aliança à direita, sai de uma eleição menor que entrou e sai sem discurso. Acho que o Eduardo pode ser um bom candidato, mas temos que cuidar para que não seja pela direita, porque aí perde na eleição e na política”, acrescentou.

Visando ganhar mais apoio político, Campos se aproximou do PSDB (leia-se o encontro secreto com o ex-governador de São Paulo, José Serra), do DEM e com a Mobilização Democrática (MD), cujo presidente, deputado federal Roberto Freire (SP), já mostrou simpatia à candidatura do gestor pernambucano. “Não pode fazer aliança com a extrema direita. Não é nossa política”, complementou Cardoso.

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O gestor municipal não vê com bons olhos as críticas que o governador pernambucano vem fazendo ao Governo Federal. Para Cardoso, Campos não adota uma postura “ética”. “Ou você é governo ou é oposição. Como diz que o governo não presta e tem dois ministérios? O PSB do Rio não concorda com a crítica pública a um governo do qual ele faz parte. Vou lutar para que o PSB não tenha essa postura”, disse.

O prefeito afirmou, ainda, que o PSB não pode se que esquecer da sua trajetória na esquerda. “Topo ser oposição, mas tem que sair do governo e se posicionar à esquerda. Não pode fazer a defesa do aumento dos juros. O que ocorre é que interessa ao grande capital enfraquecer a Dilma. Querem que ela ceda em alguns processos. Mas minha posição é a de fortalecer as políticas que fortaleceram o PSB, como a queda dos juros, o aumento do crédito, e não as que enfraquecem”, observou. “Se o partido desmontar o discurso, vai desmontar também nos seus quadros”, finalizou.

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