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Prefeito se desculpa por ofensa a baianos e goianos

Fernando Xavier da Silva (PDT) disse que não houve maldade no discurso em que alertava para uma possível "infestação" por conta da qualidade de vida do município gaúcho de Carlos Barbosa; em nota, a prefeitura esclarece que "em nenhum momento o comentário teve cunho discriminatório ou preconceituoso” e que “alguns termos foram ditos de forma inoportuna e dando margem a dupla interpretação"; MP de Goiás acionou o MP Gaúcho para apuração de possível crime de discriminação, que prevê até três anos de reclusão

Fernando Xavier da Silva (PDT) disse que não houve maldade no discurso em que alertava para uma possível "infestação" por conta da qualidade de vida do município gaúcho de Carlos Barbosa; em nota, a prefeitura esclarece que "em nenhum momento o comentário teve cunho discriminatório ou preconceituoso” e que “alguns termos foram ditos de forma inoportuna e dando margem a dupla interpretação"; MP de Goiás acionou o MP Gaúcho para apuração de possível crime de discriminação, que prevê até três anos de reclusão (Foto: Romulo Faro)
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Com informações do portal A Redação

A prefeitura de Carlos Barbosa (RS) divulgou em nota esclarecimento sobre as declarações do prefeito Fernando Xavier da Silva (PDT) no último dia 31 de março. O prefeito foi alvo de críticas depois de um discurso realizado durante a apresentação da diretoria do Festiqueijo, uma tradicional festa gastronômica da Serra Gaúcha.

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Durante a fala, Xavier comentava a posição do município de Carlos Barbosa no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese). "Se vier uma infestação aqui de baianos e goianos, vai começar a ter fome, vão ter que invadir algum lugar", afirmou o prefeito.

Confira a parte polêmica do discurso:

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"O que falar de uma cidade como a nossa, que não tem desemprego, limpa, que tem atendido uma série de necessidades básicas? Não temos favela, invasão, gente morando embaixo de lona, de madeirite. Mas temos que ter cuidado ao falar sobre isto. Se colocarmos que aqui só tem coisas boas, as pessoas pensam: 'vou para lá!' Botam a mudança em um caminhão, e vamos ver todas as coisas que não queremos. É importante dizer que, para vir pra cá, precisa ter profissão, estudo. Que o custo de vida aqui não é barato. Me parece que as pessoas que fizeram a mudança aqui eram baianos e goianos... não queremos isso para o município. Se vier uma infestação aqui de baianos e goianos, vai começar a ter fome, vão ter que invadir algum lugar... e passamos a ter problemas no futuro e quem sabe a nossa tranquilidade e qualidade de vida comecem a cair"

"Em nenhum momento o comentário teve cunho discriminatório ou preconceituoso. O fato é que alguns termos foram ditos de forma inoportuna e dando margem a dupla interpretação", esclarece a nota.

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Ao final do texto, ainda segue uma retratação do próprio prefeito. "Peço desculpas pelo ocorrido. Nunca houve maldade em meu discurso e não foi intenção ofender qualquer cidadão, de qualquer lugar do País", afirma.

A declaração do dia 31 foi recebida com críticas por todo o Brasil, inclusive por políticos. Ronaldo Caiado usou o twitter para comentar as palavras de Fernando Xavier.

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Na última segunda-feira (14), o promotor de Justiça Marcelo André de Azevedo, da Procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos do Ministério Público de Goiás, encaminhou ao procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Eduardo de Lima Veiga, comunicando notícia de fato sobre possível prática de crime previsto no artigo 20, parágrafo 2º, da Lei nº 7.716/1989, pelo prefeito Fernando Xavier.

O dispositivo legal mencionado no documento tipifica como crime praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo pena de reclusão de um a três anos.

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Leia na íntegra a retratação do prefeito:

 “Peço desculpas pelo ocorrido. Nunca houve maldade em meu discurso e não foi intenção ofender qualquer cidadão, de qualquer lugar do País. O que quis dizer é que se as pessoas quiserem vir pra cá, podem vir que serão bem recebidas. Minhas colocações foram na intenção de expor que as pessoas venham com condições de se manter, com qualificação, para facilitar a conquista de um emprego, para que vivam com dignidade, porque o custo de vida é muito alto aqui. Não posso concordar em ver qualquer cidadão passando necessidades, me dói muito isso. Eu sei o que é passar por dificuldades. Paguei aluguel por 21 anos antes de conseguir financiar minha casa. Me entristece ver algumas famílias que vem pra cá em condições de vulnerabilidade social, passando enormes dificuldades. Isso que eu gostaria de evitar, o sofrimento destas pessoas. O Município tenta ajudar o máximo possível, mas temos nossas limitações, e nunca conseguimos auxiliar o suficiente. Como de costume, minhas falas são sempre espontâneas, nunca faço uso de discursos escritos. Estou muito abalado pela proporção que teve uma fala “atrapalhada”, mas sem má fé. Humildemente reafirmo em público minhas escusas pelo ocorrido e manifesto meu forte apreço pelo povo de qualquer lugar do Brasil, especialmente aos baianos e goianos, citados equivocadamente e de forma infeliz por mim”.

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