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Prefeitura agora quer vender rua para imobiliária

Enviado à Câmara, projeto que desafeta área pública em Goiânia para construção de shopping foi aprovado em primeira votação sob protestos da oposição: “É uma verdadeira grilagem de área pública pelo particular e só vai atender aos interesses de grandes empreendedores”, critica o tucano Geovani Antônio (foto), que solicita intervenção do Ministério Público

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Goiás 247_ Mais uma vez a Prefeitura de Goiânia se envolve numa polêmica sobre desafetação de áreas públicas. Agora, o Executivo goianiense quer vender uma área de 773 metros quadrados no Bairro Rodoviário. Como parte do terreno está uma rua que seria anexada a mais três lotes. A venda de áreas públicas tem sido uma das marcas da gestão do prefeito Paulo Garcia (PT).

A grande beneficiária seria Barão de Mauá Empreendimentos Imobiliários Ltda – que de acordo com o projeto pretende construir um hipermercado no local como parte de um grande shopping Center na Avenida Anhanguera, vizinha da área. Paulo Garcia já tentou vender até mesmo as áreas que circundam o Paço Municipal. O negócio bilionário era a menina dos olhos do mercado imobiliário, mas o Ministério Público entrou na parada e barrou o andamento do projeto na Câmara.

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Os vereadores de oposição estão revoltados e criticam o que chamam de negociata de áreas públicas. Mesmo assim o texto foi aprovado em primeira votação. O vereador Geovani Antonio (PSDB), principal opositor à venda da área pública foi ao local e contou ao jornal O Popular que ficou espantado com a omissão da prefeitura. “Acredito que seja um crime vender uma área pública que poderia contribuir com o trânsito do bairro, pois quanto mais vias melhor.”

Geovani já solicitação de vistoria ao Ministério Público estadual, que afirma que vai verificar as condições apresentadas e emitir um parecer de orientação à Câmara. “É uma verdadeira grilagem de área pública pelo particular, e só vai atender aos interesses de grandes empreendedores”, diz Geovani.

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O jornal O Popular abordou o assunto em reportagem e uma equipe do periódico esteve na área onde deveria existir a rua, porém não há sinal. “No local, a reportagem verificou um espaço de pastagem cercado com postes e arames”, diz trecho da reportagem.

“O espaço da rua é muito pequeno para construir qualquer equipamento social”, afirma a vereadora Tatiana Lemos, presidente da Comissão de Habitação da Câmara. “A comissão emitiu parecer favorável à desafetação por entender que aquela região está praticamente abandonada”, diz trecho da reportagem.

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Os vereadores de oposição, contrários ao projeto, afirmam que o valor da área não aparece no texto enviado à Câmara. Tatiana Lemos disse a O Popular que foi feita uma avaliação pela prefeitura e o valor é de aproximadamente R$ 500 mil. A oposição critica também este valor. Diz que poderia ser no mínimo três vezes maior.

Outra negociação

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No fim do ano passado, a prefeitura enviou às pressas à Câmara projeto que tratava de permuta de áreas no setor Coimbra. O projeto beneficiaria exclusivamente o supermercado Hiper Moreira. A permuta possibilitaria o a ampliação do empreendimento. Até mesmo a base de apoio do prefeito ficou constrangida com o projeto de lei para alterar o Plano Diretor, que foi retirado da pauta pela prefeitura.

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