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Prefeitura de SP anuncia mudanças no sistema cicloviário da cidade

Parte dos 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas instalados no município será transformada em ciclorrotas, que são ruas sinalizadas aos motoristas informando que a via é uma rota usada por ciclistas; a mudança vai começar pela Vila Prudente, na zona leste, seguida da Rua da Consolação, no centro da cidade

Parte dos 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas instalados no município será transformada em ciclorrotas, que são ruas sinalizadas aos motoristas informando que a via é uma rota usada por ciclistas; a mudança vai começar pela Vila Prudente, na zona leste, seguida da Rua da Consolação, no centro da cidade (Foto: Leonardo Lucena)
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Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil

A prefeitura de São Paulo anunciou que irá mudar o sistema cicloviário da cidade. Parte dos 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas instalados no município será transformada em ciclorrotas. A mudança vai começar pela Vila Prudente, na zona leste, seguida da Rua da Consolação, no centro da cidade.

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“Após estudos na malha cicloviária da cidade, algumas ciclovias serão melhoradas, outras ampliadas e, em alguns casos, serão transformadas em ciclorrotas, ganhando uma sinalização específica e tratamento para acalmamento de tráfego em pista de rolamento que pode ser compartilhada com carros e motos em vias de tráfego leve”, informou a prefeitura em nota.

Exclusivas para bicicletas, as ciclovias são pistas isoladas fisicamente do trânsito de veículos automotores com grades ou canteiros. Já as ciclofaixas são demarcadas com pintura no chão, também exclusivas para bicicletas, mas separadas dos veículos automotores apenas pela pintura ou por tachões. As ciclorrotas são ruas sinalizadas aos motoristas informando que a via é uma rota usada por ciclistas.

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“A secretaria [de Mobilidade e Transportes] rechaça o conceito de que bicicleta só pode circular em via exclusiva. Essa visão contribui para aumentar o preconceito em relação à bicicleta e o equivocado conceito de que o trânsito se faz com segregação. O trânsito se faz com harmonia e convivência entre todos os atores. O fundamental é assegurar a segurança aos mais frágeis que pode sim ser oferecida em vias calmas com a implantação de estratégias de sinalização e manutenção de velocidade baixa”, destacou a prefeitura paulistana.

De acordo com a administração municipal, as mudanças serão feitas após debates com ciclistas e com a comunidade local. “O resultado desse diálogo é o que definirá o projeto a ser adotado em cada ponto da cidade.”

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Ciclistas questionam alteração

A Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) criticou a decisão da prefeitura de substituir ciclovias e ciclofaixas por ciclorrotas. De acordo com a associação, ciclorrotas devem complementar a rede de ciclovias e ciclofaixas, e não substituí-las.

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“Usar o argumento do compartilhamento para justificar o desmonte de uma política inclusiva e que tem estimulado muitas pessoas para o uso cotidiano da bicicleta como meio de transporte vai na contramão das políticas de mobilidade que têm sido praticadas em muitas cidades no mundo, inclusive nas que apresentam uma realidade urbana similar à de São Paulo”, disse a entidade em nota.

A associação cita a Pesquisa sobre Mobilidade Urbana, da Rede Nossa São Paulo, segundo a qual mais de 80% dos motoristas paulistanos deixariam de usar o carro se houvesse uma boa alternativa de transporte. “Ciclovias e ciclofaixas são políticas essenciais para promover o uso de bicicletas, trazer novos ciclistas às ruas, garantir segurança e conforto para quem se desloca e quer se deslocar por bicicleta, especialmente em vias de intenso tráfego de veículos motorizados”, acrescentou a Ciclocidade.

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Para o coordenador da organização comunitária Bike Zona Sul, Alex Gomes, a decisão da prefeitura é preocupante já que as atuais ciclorrotas existentes na cidade não oferecem segurança aos ciclistas. A entidade fará uma manifestação contra as medidas no próximo dia 28.

“A gente tem a referência das ciclorrotas atuais como a da Rua Comendador Elias Zarzur, a da Alameda Jaú. E o que a gente vê é que praticamente não há condições do ciclista circular por essas vias com tranquilidade”, disse. “Vai ser a substituição de uma estrutura que, bem ou mal, já está protegendo o ciclista, por uma outra estrutura que, pelos modelos que existem na cidade, a gente vê que são ineficazes e não funcionam”, acrescentou.

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