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Produtores de azeite podem ter marca coletiva

Olivicultores de Minas Gerais, São Paulo e Rio darão início ao pedido de registro da marca coletiva "Azeite dos Contrafortes da Mantiqueira"; o nome destaca a região que reúne os três estados; a marca coletiva é uma estratégia para obter o registro de Indicação Geográfica, uma espécie de certificado de que o produto tem origem em determinado local, encaminhado em 2012 ao Governo Federal e que agrega valor ao produto de origem reconhecida

Olivicultores de Minas Gerais, São Paulo e Rio darão início ao pedido de registro da marca coletiva "Azeite dos Contrafortes da Mantiqueira"; o nome destaca a região que reúne os três estados; a marca coletiva é uma estratégia para obter o registro de Indicação Geográfica, uma espécie de certificado de que o produto tem origem em determinado local, encaminhado em 2012 ao Governo Federal e que agrega valor ao produto de origem reconhecida (Foto: Leonardo Lucena)
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Agência Minas - Olivicultores de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro darão início ao pedido de registro da marca coletiva "Azeite dos Contrafortes da Mantiqueira". O nome destaca a região que reúne os três estados. A marca coletiva é uma estratégia para obter o registro de Indicação Geográfica, uma espécie de certificado de que o produto tem origem em determinado local, encaminhado em 2012 ao Governo Federal e que agrega valor ao produto de origem reconhecida.

No caso do azeite de oliva, o registro de origem será o primeiro no Brasil e na América Latina. "Vamos garantir e ampliar o acesso a mercados internos e externos, além de viabilizar a organização da produção e a busca do lucro coletivo", afirma o coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Marcelo Alves.

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A Associação de Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive) destaca que a marca coletiva reforça a origem do produto, sem impedir que cada produtor tenha sua própria marca. "Somos 43 associados, em 50 municípios e a expectativa é processarmos 12 mil litros de azeite até o final dessa colheita que vai até abril", diz o presidente da Assoolive, Nilton Caetano.

Nos últimos dois dias, 13 e 14 de março, 150 participantes estiveram reunidos no 1º Encontro Tecnológico da Olivicultura dos Contrafortes da Mantiqueira, promovido pela Epamig, na Fazenda Experimental de Maria da Fé - referência em pesquisas de produção de azeitona e extração de azeite extra virgem no Brasil.

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Os pesquisadores da Epamig mostraram aspectos técnicos sobre o ponto de maturação adequado da azeitona para processamento do azeite e preparo de conservas, extração de azeite de qualidade, olivicultura em Minas Gerais e a perspectiva desse mercado no Brasil. Já os técnicos do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) informaram sobre o processo de registro de marcas coletivas de azeite e do registro de denominação de origem, o qual certifica que o azeite foi produzido em determinado local. De acordo com Nilton Caetano, já existem três marcas individuais de azeites registradas produzidas na região dos Contrafortes da Mantiqueira, "a intenção dos produtores é unir esforços e registrar a marca coletiva para ampliar mercado".

Para o empresário Luis Pazos que se enveredou nessa atividade há um ano, as expectativas são boas. "Iniciamos com o plantio de 200 mudas no início de 2013 e a partir da avaliação positiva da adaptação dessas plantas, introduzimos mais 2.000 mudas de oliveiras em propriedade familiar no município de Pouso Alto (MG)". Luis conta que sua família é apreciadora de azeite, devido à descendência espanhola. "Nos próximos quatro anos vamos iniciar a extração com o objetivo de levar para o mercado um azeite fresco, de qualidade, com sabor diferenciado dos azeites que importamos", idealiza. O empresário pretende expandir seu olival daqui três anos e no futuro produzir azeite orgânico.

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A preocupação da Epamig é expandir o mercado assegurando a qualidade do produto, por isso, o pesquisador Luiz Fernando de Oliveira reforça que para se obter um azeite de ótima qualidade é muito importante o cuidado no transporte da azeitona. "Na caixa, os frutos devem ter, no máximo, 20 cm de lâmina. Alguns produtores amontoam 25 a 27 kg de azeitonas numa caixa só. Tudo isso influenciará na qualidade do azeite".

Oliveira no Brasil

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A Epamig é pioneira nas pesquisas em olivicultura, especialmente na seleção de variedades mais adequadas às condições brasileiras, produção de mudas de qualidade e no desenvolvimento de tecnologias para processamento de azeite extra virgem. Há mais de 30 anos essas pesquisas estão concentradas na Fazenda Experimental de Maria da Fé com resultados promissores para o desenvolvimento da cultura no Brasil.

O primeiro azeite extra virgem brasileiro foi extraído em 2008, na Fazenda de Maria da Fé. Em 2009 foi criada a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira, a Assoolive, que utiliza tecnologia desenvolvida pela Epamig para produção de azeite. No mesmo ano a empresa importou uma máquina da Itália específica para extração do azeite. Em 2011 foram produzidos 500 litros. Em 2013 foram extraídos na região da Mantiqueira cerca de 5 mil litros. A expectativa é dobrar a produção de azeite em 2014.

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