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Professores estaduais deflagram greve até sexta

Após o depósito de uma parcela de apenas R$ 650 do salário dos servidores estaduais, referente à remuneração de julho, professores se reuniram em uma assembleia sindical que decidiu de maneira unânime pelo início de uma greve que ocorrerá pelo menos até sexta-feira (4), quando uma nova convenção da categoria avaliará sua continuidade

01/08/2017 - PORTO ALEGRE, RS - Assembleia do Cpers em frente ao Palácio Piratini para definir sobre greve (Foto: Leonardo Lucena)
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Gregório Mascarenhas, Sul 21 - Após o depósito de uma parcela de apenas R$ 650 do salário dos servidores estaduais, referente à remuneração de julho, professores se reuniram na manhã desta terça-feira (1º) em uma assembleia sindical que decidiu de maneira unânime pelo início de uma greve que ocorrerá pelo menos até sexta-feira, quando uma nova convenção da categoria avaliará sua continuidade. Isso porque o evento de hoje – nas terças-feiras normalmente o Cpers se reúne em vigília na Matriz, por conta das votações na Assembleia Legislativa – foi chamado às pressas no final de semana, quando foi anunciada a parcela a ser recebida neste mês. A assembleia do sindicato, então, se transformou em um ato político que lotou a esquina do Piratini com a entrada do parlamento estadual.

Em um ato com relativa unidade discursiva, sem pontos polêmicos entre as correntes que compunham a assembleia, não chegaram a ser apresentadas outras propostas além da que foi lançada pela coordenação, de greve até sexta, quando então se decidirá por uma paralisação de caráter permanente ou temporário. A convenção de docentes terminou com comemoração pelo anúncio, ainda durante a manhã, de que a Assembleia Legislativa não terá votações nesta semana – já que muitos dos projetos considerados prejudiciais por servidores estão em constante negociação entre as forças políticas para que entrem na pauta de votações do Legislativo. Para a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, tratou-se já de uma “vitória” da mobilização. É o primeiro grande ato desde que Helenir foi reeleita presidente da entidade de classe no final de junho.

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Para ela, Sartori “tem cara de pau de dizer que quer se reeleger”, já que a crise, de acordo com a sindicalista, é culpa fundamentalmente pelo próprio governador. “Ele fez isso com Britto em 1996 e agora está fazendo de novo”, disse, referindo-se à renegociação da dívida estadual do final dos anos 1990, quando Sartori era líder do PMDB na Assembleia. Professores estão, hoje, “com cartões bloqueados, sem condições de ir à escola, com dificuldades para pagar seus remédios”, relatou, argumentando que o governo estadual faz com que “nossas famílias vivam em estado de tortura”.

Além do relato da penúria vivida por educadores, ponto em comum entre as falas de avaliação durante a assembleia, a crise política e econômica vivida pelo Brasil foi bastante mencionada. Quase todas as avaliações citaram a consigna “Fora, Temer” em algum momento, e a necessidade de uma nova greve geral – desta vez de 48 horas, na avaliação de alguns grupos – foi também constantemente referida. A respeito das contas públicas do Rio Grande do Sul, temas como a sonegação de impostos, as renúncias fiscais e a Lei Kandir.

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Para Noé Oliveira, do Movimento de Luta Socialista (MLS) – principal grupo opositor da corrente de Helenir, que ficou em segundo lugar nas eleições do sindicato –, trabalhadores estão vivendo u “massacre” desde que salários são parcelados. Ele afirmou, em sua avaliação, que a “categoria empurrou as direções de núcleo e a coordenação sindical para que a assembleia se tornasse também um protesto” em frente ao Piratini.

Os professores decidiram também por participar de um ato de servidores municipais que ocorre na tarde desta terça, em frente à Prefeitura, a partir das 16h30. O grupo também protesta contra o parcelamento de salários por parte do prefeito Nelson Marchezan Júnior.

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