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Profissionais do Mais Médicos se mobilizam contra atrasos nos pagamentos

Profissionais que atuam no edital municipal do Programa Mais Médicos em São Paulo (SP) estão se mobilizando contra os atrasos nos pagamentos das bolsas; um grupo de médicos planeja atender apenas as emergências a partir da próxima semana; uma carta-protesto foi entregue, em mãos, ao prefeito João Doria (PSDB), exigindo o pagamento, após três atrasos no pagamento; a Prefeitura justifica os atrasos como um problema na previsão orçamentária deixada pela gestão anterior e diz que os atrasos são pontuais

mais medicos (Foto: Charles Nisz)
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Brasil de Fato - Profissionais que atuam no edital municipal do Programa Mais Médicos em São Paulo (SP) estão se mobilizando contra os atrasos nos pagamentos de suas bolsas.

Um grupo de médicos planeja parar de atender às consultas agendadas, a partir da próxima semana, estando disponível apenas para urgências e emergências. No começo da semana, uma carta-protesto foi entregue, em mãos, ao prefeito João Doria (PSDB), exigindo o pagamento. 

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É a terceira vez neste ano que a Prefeitura de São Paulo não efetua o pagamento dos profissionais do programa na data prevista. Os médicos já haviam relatado atrasos nos meses de julho e agosto.

A Prefeitura justifica os atrasos como um problema na previsão orçamentária deixada pela gestão anterior.  Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que os atrasos foram "pontuais", e que os últimos pagamentos já foram realizados nesta semana.

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No entanto, os médicos alegam que ainda não receberam a bolsa e que estão passando por dificuldades financeiras. É o que afirma a médica de família e comunidade Eline Ethel Fonseca Lima, formada em Cuba, que atua na Unidade Básica de Saúde Vila Santa Catarina, na zona sul de São Paulo. "Eu moro com a minha mãe aposentada. Eu que arco com as despesas. Mas não consigo pagar as contas, estou com todas as contas atrasadas, não tem jeito", afirmou.

De acordo com o médico Lucas Vinicius Lima, assentado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no interior de São Paulo, e contratado pelo Programa Mais Médicos, o atraso dos pagamentos afeta sua saúde psicológica.

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"Os salários começaram a atrasar em média entre 10 e 15 dias todo mês. Então, hoje, já vão fazer 12 dias de novo de salário atrasado e uma previsão para começo de novembro, pós feriado, nada concreto. Para mim, o pior é a questão da minha própria saúde mental porque ir para o posto trabalhar com insegurança salarial é ruim, você acaba prejudicando a população. Você acaba indo para o posto desanimado", afirmou.

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) também está se organizando em defesa dos profissionais, após ter sido procurado por 62 dos 70 médicos contratados pelo edital municipal do Mais Médicos, que relataram a incidência do problema. De acordo com Erivalder Guimarães, diretor do sindicato, os médicos não aceitam a justificativa da Prefeitura.

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"Em primeiro lugar, o atraso para mim é incompetência deles, porque essa cotação orçamentária já existia desde o ano passado. Na terça-feira vamos fazer uma assembleia, discutir o que fazer, se aceitam ou não essa proposta de esperar até dia 5. O ideal é que seja pago de imediato porque estão começando a ter dificuldades", denunciou.

No último ano, o Programa Mais Médicos tem sofrido cortes orçamentários também a nível nacional, perdendo mais de 2 mil profissionais, e diminuindo o número de municípios atendidos de 4.058 para 3.800, de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

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