CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Geral

PSDB e PSB juntos no segundo turno em 2014?

Menos de 24 horas após a presidente Dilma Rousseff (PT) se encontrar com o governador de Pernambuco e potencial candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, o líder do PSDB na Câmara do Deputados, Bruno Araújo, declarou que sua legenda poderá vir a se unir aos socialistas na eventualidade de um segundo turno das eleições 2014; "acho que o PSB poderia apoiar o PSDB. E o PSDB pode apoiar o PSB. É um movimento possível, sem impedimentos”; disse o tucano

PSDB e PSB juntos no segundo turno em 2014?
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Leonardo Lucena_PE247 – Menos de 24 horas após a presidente Dilma Rousseff (PT) se encontrar com o governador de Pernambuco e potencial candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, o líder do PSDB na Câmara do Deputados, Bruno Araújo, declarou que sua legenda poderá vir a se unir aos socialistas na eventualidade de um segundo turno das eleições 2014. O deputado afirmou que ambos os partidos tem um discurso parecido na medida em que fazem oposição e críticas ao Governo Dilma e ao PT, ganhando apoio da população. As declarações do parlamentar reascendem a discussão sobre a proximidade entre tucanos e socialistas em nível federal, especialmente entre Eduardo Campos e o senador mineiro e pré-candidato pelo PSDB, Aécio Neves.

“Um encontro entre PSB e PSDB pode ocorrer no segundo turno da eleição presidencial”, afirmou Bruno Araújo em entrevista à Rádio Folha. “Acho que o PSB poderia apoiar o PSDB. E o PSDB pode apoiar o PSB. É um movimento possível, sem impedimentos”, observou. Araújo acrescentou, ainda, que ”haveria sintonia no que diz respeito ao discurso de oposição em ambos os lados. O que poderia provocar uma aproximação direta numa segunda etapa da disputa eleitoral”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O primeiro ponto que merece atenção quanto às declarações do congressista é a possível “sintonia” entre PSB e PSDB em um eventual segundo turno nas próximas eleições presidenciais, em 2014, com um dos partidos na segunda etapa. O fato é que, segundo o cientista político da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Michel Zaidan, Eduardo Campos teria mais a perder do que ganhar caso opte pela aliança com os tucanos, porque, mesmo com as denúncias de corrupção envolvendo o ex-presidente Lula e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional de menos de 1%, a opinião pública marcha junto com o PT.

Os motivos para este apoio podem ser atribuídos a fatores como o menor patamar da história da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 7,25%, e o nível de desemprego, que chegou a 4,9% em novembro de 2012, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o segundo melhor resultado desde o início da série histórica em 2002 e que ficou atrás apenas dos 4,7% referentes a dezembro de 2011.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A segunda questão a ser refletida a partir da entrevista do deputado é o entendimento que as críticas, tanto do governador Eduardo Campos como dos oposicionistas, em especial PSDB, DEM e PPS, sobre a forma como a presidente conduz a economia, estão caindo nas graças da população. De fato, muitos prefeitos e uma ala do empresariado têm apoiado o gestor pernambucano, quando o socialista defende, por exemplo, o Pacto Federativo para dar mais autonomia aos municípios de gerirem suas próprias políticas econômicas. No entanto, vale ressaltar que Dilma chegou a uma popularidade superior a 70% e isso significa que Eduardo poderia perder credibilidade se apoiasse o PSDB em um possível segundo turno, o que, aparentemente, é pouco provável.

“Eduardo Campos não tem nada a ganhar apoiando Aécio Neves e perde o apoio do Governo Federal. O prazo de validade de Aécio já venceu’”, disse Michel Zaidan, que atribuiu a atuação discreta do ex-governador mineiro principalmente ao PSDB paulista, que, segundo ele, “não admite que os tucanos tenham outro candidato que não seja de São Paulo”. Este posicionamento teria acabado por prejudicar a imagem do senador. “Poderia (Aécio) ter saído candidato quando era governador de Minas Gerais, em um bom momento da política dele”, complementou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Caso Eduardo se mantenha na base do Governo Dilma e só venha a sair candidato em 2018, o estudioso dá a entender que o governador não será prejudicado se receber o apoio do PSDB naquela ocasião. “O mais importante é o apoio de partidos como o PT e o PMDB”, observou.

Independentemente do que venha a ocorrer em 2014, se o Governo Dilma continuar assegurando taxas baixas de desemprego, mesmo com um crescimento pífio em termos de PIB, Campos pode se arriscar a cometer um “suicídio político” apoiando Aécio Neves, caso o tucano vá para o segundo turno.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Até porque outro fator que contribuirá para desgastar a imagem dos oposicionistas é o possível julgamento do chamado “Mensalinho Mineiro”. As denúncias dão conta de que o então candidato a governador de Minas Gerais em 1998, Eduardo Azeredo (PSBD) – que tentava a reeleição, mas não foi eleito -, teria se beneficiado de recursos públicos para fortalecer a sua campanha, tendo como um dos participantes o empresário Marcos Valério, o pivô do Mensalão do PT, em 2005, e condenado a 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO