PT deve apoiar Nilo à presidência da ALBA

Bahia 247 - Pelo andar da carruagem, o deputado Marcelo Nilo (PSL) deve conseguir êxito para se manter na presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), cargo que ele ocupa há cinco mandatos consecutivos (10 anos) e pretende se manter por pelo menos mais um.

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, o líder da bancada do PT na Casa, deputado Rosemberg Pinto, afirmou que a tendência é de o partido declarar apoio a Nilo, que diz já ter apoio de 31 parlamentares, incluindo alguns da oposição.

"O PT fez uma primeira reunião com os deputados e o entendimento foi de que é melhor manter a Assembleia como está até passar esse momento de crise. É bom ter alguém com experiência para o governo do Estado não correr riscos com um novo comando nesse momento de grande instabilidade. Não podemos correr o risco de rachar a base apoiando algum candidato que posa perder. Acho que o nome de Marcelo seria melhor nesse momento", disse Rosemberg Pinto.

O líder petista respondeu de forma meio irônica quando questionado se ele pessoalmente também defende mais um mandato para Marcelo Nilo no comando da Assembleia. "A imprensa disse que Marcelo é o melhor deputado da Casa. Se a imprensa diz isso, quem sou eu para falar mal de Marcelo? Seria incoerente de minha parte", respondeu Rosemberg.

O deputado lembra que ele colocou seu nome no tabuleiro no final de 2015 para a disputa pela presidência da Assembleia neste ano, e que não conseguiu apoio entre os parlamentares da base contra Nilo.

"Em dezembro de 2015 eu coloquei meu nome. E vale lembrar que o PT foi o único partido da base que votou contra Marcelo Nilo. Mas todos os outros deputados votaram nele. Se ele já ficou 10 anos na presidência da Casa, porque não poderia ficar mais dois? Eu coloquei meu nome no ano passado exatamente com o mesmo discurso dos outros dois candidatos hoje (os deputados Ângelo Coronel (PP) e Luiz Augusto – PSD). Mas os outros deputados quiseram que Marcelo continuasse", lembrou.

Rosemberg, contudo, que não acredita que o cenário já esteja definido. "A eleição ainda está longe. Estamos em dezembro e isso só vai acontecer em fevereiro. Vamos ver como vai estar a situação até lá".