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Queda da inflação não ajudou consumo de famílias em 2016, diz IBGE

Número importante na soma do PIB no Brasil, a despesa de consumo das famílias caiu 4,2% em 2016, anunciou nesta terça-feira 7 o IBGE; o indicador é afetado pela piora no mercado de trabalho; "As operações de crédito continuam recuando em termos reais, e ainda tivemos em 2016 juros acima do patamar de 2015. O que não foi tão ruim foi a inflação, que teve patamar inferior em 2016", comentou a coordenadora de Contas Nacionais do instituto, Rebeca Palis

consumo compras (Foto: Gisele Federicce)
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Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

Número importante na soma do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, a despesa de consumo das famílias caiu 4,2% no ano passado, anunciou nesta terça-feira 7 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador é afetado pela piora no mercado de trabalho, disse a coordenadora de Contas Nacionais do instituto, Rebeca Palis.

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O consumo das famílias já havia caído 3,9% em 2015. No ano passado, o pior trimestre foi o primeiro, quando a retração chegou a 5,8% na relação com o mesmo trimestre do ano anterior. O recuo diminuiu de intensidade para 4,8% no segundo trimestre e continuou caindo para 3,4% no terceiro e 2,9% no quarto trimestre.

Além da deterioração dos indicadores do emprego e da renda, a coordenadora do IBGE destaca outros fatores que influenciaram o desempenho. "As operações de crédito continuam recuando em termos reais, e ainda tivemos em 2016 juros acima do patamar de 2015. O que não foi tão ruim foi a inflação, que teve patamar inferior em 2016."

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Quedas em série

A queda do PIB per capita brasileiro já soma três anos consecutivos e chegou a 9,1% com a contribuição de 2016, ano em que a taxa caiu mais 4,4%. Como a população brasileira cresce em média 0,9% ao ano, qualquer resultado do PIB menor do que isso significa menos riquezas por pessoa no país.

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"Esse dado significa que a população empobreceu nesses três anos", disse Rebeca "O bolo encolheu, e a quantidade de pessoas para comer o bolo aumentou."

As despesas de consumo do governo também caíram em 2016: 0,6%. A arrecadação de impostos sobre produtos teve queda de 6,4% em relação a 2015. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um dos principais componentes desse montante, arrecadou 5,5% menos. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) recolheu 11,2% menos e o Imposto de Importação também rendeu menos: queda de 16,2%.

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Investimentos na produção

A formação bruta de capital fixo (FBCF) das empresas, indicador que mostra os investimentos na produção, caiu 10,2%, total menor que os 13,9% negativos de 2015.

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O principal componente da FBCF é a construção, com peso de quase 50%. A queda de 8,7% foi menor que os 16% de retração no investimento em máquinas e equipamentos, que havia sido ainda maior em 2015, quando houve 26,4% de queda na compra de maquinário.

O comércio exterior teve influência positiva no cálculo do PIB, já que as importações caíram 10,3%, e as exportações subiram 1,9%. A venda de produtos e serviços para o exterior foi impulsionada por uma desvalorização média de 4,8% no câmbio, que tornou os produtos brasileiros mais competitivos em 2016.

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O IBGE calculou que, sem o setor externo, a economia brasileira teria registrado queda de 5,3% em 2016. Já em 2015, a balança comercial havia contribuído para reduzir a intensidade da recessão, que seria de 6,4% naquele ano se houvesse apenas a demanda interna.

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