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‘Quem patrocinou o golpe está cobrando a conta’

Senador Paulo Paim (PT-RS) fez duras críticas às reformas em discussão no Congresso que preveem a retirada de direitos dos trabalhadores; segundo ele, esta agenda conservadora é a “fatura” do impeachment de Dilma; “O golpe foi dado. Alguém patrocinou e quem patrocinou está cobrando a conta”, disse Paim; ele criticou a reforma trabalhista de Temer, especialmente a prevalência do negociado sobre o legislado; “Quando eu olho para o negociado sobre o legislado, vejo a volta para a época antes do Getúlio”, disse

Senador Paulo Paim (PT-RS) diz que o Congresso ratificará com rapidez a criação do banco de desenvolvimento do Brics (Foto: Leonardo Lucena)
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Luís Eduardo Gomes, Sul 21 - Ao participar de uma plenária com representantes das centrais sindicais no Estado em Porto Alegre, nesta sexta-feira (16), o senador Paulo Paim (PT) fez duras críticas ao conjunto de reformas em discussão no Congresso que preveem a retirada de direitos para os trabalhadores. Segundo ele, esta agenda conservadora é a “fatura” do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “O golpe foi dado. Alguém patrocinou e quem patrocinou está cobrando a conta”, disse Paim.

No evento, os sindicalistas criticaram a pauta de reformas da previdência e trabalhista do governo Temer, que incluiria a terceirização da atividade fim, o aumento da jornada diária de trabalho para 12 horas, a prevalência do negociado sobre o legislado, mudanças na legislação sobre o trabalho em condições análogas à escravidão, o enfraquecimento da Justiça do Trabalho e o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, previsto na PEC 241.

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“Quando eu olho para o negociado sobre o legislado, vejo a volta para a época antes do Getúlio”, disse Paim. “Esse governo, se apresentasse essa pauta, não se elegia para nada, mas não precisou de voto”.

Paim também alertou os sindicalistas que avança no Congresso o objetivo de acabar com a contribuição sindical e limitar a Justiça do Trabalho. “Acabar com a Justiça do Trabalho virou discurso de deputado modernista”, adverte.

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Por outro lado, o senador avaliou que o governo Temer já fez uma “coisa boa”: “Conseguiu unir todo mundo contra ele”. “Não tem uma central que não está aqui, porque eles sabem que esse governo foi patrocinado por aqueles que queriam retirar direitos dos trabalhadores. Vai na linha de privatizar a previdência, sucatear a saúde, porque daí o trabalhador é obrigado a comprar plano de saúde privado e fortalecer o sistema financeiro”, disse.

Congresso “unido”

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Para Paim, o Congresso Nacional vive hoje uma “unidade jamais vista”. De onde ela surgiu? “Primeiro, teve uma maioria oportunista, eventual, e não comprometida com o povo brasileiro que entendeu que poderia chegar ao poder golpeando a democracia. O golpe não foi só contra a Dilma, foi contra a democracia, contra os direitos dos trabalhadores, dos aposentados, das mulheres e das crianças, dos índios, dos sem teto e dos sem terra. Esse setor da elite brasileira é muito poderoso e ele vai cooptando, pra não dizer só comprando, essa maioria parlamentar”, diz Paim.

O senador disse que, entre as paredes do Senado, muitos parlamentares reconhecem que votaram a favor do impeachment porque “pegava bem na base” e não por acreditarem que a presidenta cometeu crime de responsabilidade. Questionado se as reformas trabalhistas “pegam bem” na base desses parlamentares, respondeu:

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“Esse é o problema que eles terão. Para completar o serviço sujo, eles têm que atacar o direito dos trabalhadores. Eles sabem que pega mal. O governo queria mandar a reforma previdenciária e trabalhista antes das eleições. Aí foram para cima do governo e vão mandar depois das eleições. O que eles não sabem é que, se o povo na rua marcar de cima, fazer ampla mobilização e colocando, inclusive, nas bases eleitorais, o nome dos traidores do povo, vão ter problemas muito sérios para continuar no Congresso nacional ou em qualquer cargo público na vida”.

Paim saudou o movimento de paralisação nacional proposto pelas centrais sindicais para o dia 22 e afirmou que está a disposição para participar de atos. Segundo ele, apenas a mobilização pode barrar a agenda de retirada de direitos.

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“É só a população perceber o que eles querem fazer contra o seu interesse. Se eu aumentar a carga horária, eu reduzo emprego, não tem essa de dizer que 12 horas é bom. Bom era turno de 6 horas para todo mundo e tu dobrava o número de empregos. Quando essa avalanche, essa caminhada for aumentando cada vez mais nas ruas, com certeza eles recuam ou serão expulsos da vida pública pelo voto popular”, disse.

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