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Reforma política “muda tudo para manter do jeito que está”, diz Margarida Salomão

Para a deputada federal Margarida Salomão (PT-MG), o chamado "distritão", aprovado na comissão especial da Reforma Política, não vai beneficiar a população brasileira; "O intuito dessa proposta é mudar tudo para manter do jeito que está. É a continuidade do golpe, que foi dado para acabar com a soberania popular. Com o distritão, a maioria dos votos será jogada no lixo", afirmou a deputada petista 

Margarida Salomão (Foto: Aquiles Lins)
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Minas 247 - Para a deputada federal Margarida Salomão (PT-MG), o chamado "distritão", aprovado na comissão especial da Reforma Política, não vai beneficiar a população brasileira.

"O intuito dessa proposta é mudar tudo para manter do jeito que está. É a continuidade do golpe, que foi dado para acabar com a soberania popular. Com o distritão, a maioria dos votos será jogada no lixo", afirmou a deputada em entrevista ao coletivo Mídia Ninja nesta terça-feira, 15.

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Margarida explica que ao eleger os mais votados, os votos distribuídos a todos os outros candidatos são desperdiçados. "Isso impede a renovação da Câmara porque somente os mais conhecidos ou personalidades terão chance de se elegerem. Sem a redução dos gastos da campanha, prejudica-se ainda mais as candidaturas de jovens, negros, mulheres e lideranças populares, ou seja, o Congresso vai continuar sendo uma casa de homens brancos, velhos e ricos".

Ela também destaca o mal de uma proposta que enfatiza candidatos, marginalizando a importância dos partidos. "O distritão é para manter os 'esquemas'. Com a falsa ideia de eleger os primeiros, acaba por esconder os partidos para preservar os esquemas de trocas de cargos, de favores, de compras de votos. É a radicalização da personalização da política: serão 513 partidos na Câmara".

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A deputada acredita que qualquer mudança passa por limite real de gastos e participação popular na decisão. "Nós sempre defendemos o financiamento público das campanhas, mas não do jeito que está sendo colocado. Estão discutindo um teto de R$ 1,5 milhão para cada candidato a uma cadeira na Câmara. Isso é assombroso e despreza as diferenças regionais no cálculo", argumenta. "Essas ideias não poderiam ser votadas por quem tem interesse direito no tema. É uma coisa óbvia. É um crime isso, que lesa o interesse público. Defendo uma Constituinte sobre o assunto para que a população debatesse melhor o tema e quem os representasse não disputasse eleição, não se favorecesse diretamente".

A parlamentar mineira convoca a população a pressionar os deputados a não votarem no distritão e acompanharem mais a discussão, pois este Congresso é propenso à Lei de Murphy: "Pior do que está pode ficar".

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