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Rosângela Rocha: Curta-SE quer "abrir horizontes" ao discutir felicidade

Entre os dias 8 e 13 de setembro, o Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-SE) discute o conceito de felicidade como o assunto central da 14ª edição; De acordo com a diretora Executiva do Festival, Rosângela Rocha, trabalhar esse conceito remete a uma visão holística de diversos aspectos da sociedade; "A Felicidade Interna Bruta, quando compreendida na prática, revela uma grande capacidade de promoção do bem-estar social, ambiental e cultural", afirma; confira entrevista

Entre os dias 8 e 13 de setembro, o Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-SE) discute o conceito de felicidade como o assunto central da 14ª edição; De acordo com a diretora Executiva do Festival, Rosângela Rocha, trabalhar esse conceito remete a uma visão holística de diversos aspectos da sociedade; "A Felicidade Interna Bruta, quando compreendida na prática, revela uma grande capacidade de promoção do bem-estar social, ambiental e cultural", afirma; confira entrevista (Foto: Valter Lima)
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Sergipe 247 - Entre os dias 8 e 13 de setembro, o Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-SE) discute o conceito de felicidade como o assunto central da 14ª edição. O tema “Felicidade é” surgiu a partir de uma leitura acerca do conceito 'FIB' – Felicidade Interna Bruta – criado em 1972 pelo rei butanês Jigme Singya Wangchuck para retratar a realidade de seu país. Na época, o rei foi questionado sobre não acompanhar o modelo de desenvolvimento ora apregoado como “correto”. Mas, desde então, a FIB tem chamado a atenção de um número cada vez maior de pessoas e será discutido no Curta-SE 14.

De acordo com a diretora Executiva do Festival, Rosângela Rocha, trabalhar esse conceito remete a uma visão holística de diversos aspectos da sociedade. "A Felicidade Interna Bruta, quando compreendida na prática, revela uma grande capacidade de promoção do bem-estar social, ambiental e cultural. Ela foi desenvolvida a partir de uma visão holística e sistêmica e se revela muito mais que uma mera linha de pensamento: trata-se de uma estrutura calcada na ciência e no empirismo, que sugere que a busca pelo proclamado 'desenvolvimento sustentável' seja orientada por um caminho de desenvolvimento psicológico, cultural e espiritual", destaca.

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Confira abaixo uma entrevista com Rosângela Rocha, diretora do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe

Sergipe 247 - O Curta-SE traz o conceito de FIB como base do tema do Festival. Por que tratar de felicidade em um festival de cinema?
Rosângela Rocha - Para abrir horizontes com referencial de busca de felicidade a partir das dimensões de bem-estar social, cultura e espiritual.

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247 - Quais as ferramentas de fomento para audiovisual proporcionadas pelo Festival?
RR - O Curta-SE estabelece como meta geral: celebrar 14 anos de Curta-SE e dar continuidade ao evento; Promover a reflexão e o acesso do público aos conteúdos cinematográfico e audiovisual realizados no Brasil; Atuar na formação de público, difusão do acervo, memória, produção, exibição e distribuição de filmes curtos e médios ibero-americanos; Promover a discussão sobre o cinema enquanto gerador de renda e promotor do desenvolvimento social, e suas relações com a educação, pesquisa, turismo e economia, como também, sobre a regionalização da programação cultural, artística e jornalística e a produção independente nas emissoras de rádio e TV e novas mídias (internet, celular); Promover a acessibilidade de pessoas com deficiências em todas as atividades propostas; Promover o Empreendedorismo Cultural e Rodadas de Negócios para Micro e Pequenas Empresas do Setor.

247 - Nesta edição, o Curta-SE traz rodas de debates sobre os longas concorrentes. Essa é a principal novidade do Festival? Por que realizar essa atividade?
RR - Já experienciamos a atividade antes, num debate geral com realizadores. Como foi no início do festival, o feedback por parte dos realizadores foi pequeno, então substituímos a atividade por outras ações. Agora, achamos que há uma maturidade do setor e que o momento é propício para esta ação, que promove a reflexão sobre "o fazer," mas também, sobre a linguagem, a estética, as políticas, os financiamentos, etc.

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247 - O Curta-SE começou como um festival de curtas, mas cresceu e englobou outras categorias. Porém, vocês continuam valorizando essas produções. É devido a dificuldade encontrada por esses realizadores?
RR - O curta sempre estará presente no Curta-SE. Pensamos que ele é um ótimo formato para quem gosta de fazê-lo, mas também para as produções com pequenos financiamentos e com expressiva vontade de experimentações, mesmo em tempos de barateamentos de equipamentos e explosão de novas escolas.

247 - Este ano, o Curta-SE abre espaço para realização do Projeto Curta o Som. Do que se trata e como vai funcionar? Por que englobar um outro projeto ao festival?
RR - Este é uma projeto que vem se somar ao festival. Com a experiência, aprendemos que temos que ser inovativos e procurar fontes de sustentabilidade que promova quase todas nossas ideias. Sempre ficamos com um gostinho de que poderíamos ter feito mais, mas não tivemos o financiamento para nossas atividades planejadas. Então, vimos uma notícia "O Fantasporto vai lançar uma campanha digital de angariação de fundos (conhecida como 'crowdfunding') para garantir a "sustentabilidade ..." e apesar de já termos conhecimento do significado e de experiências de crowdfunding no Brasil, nunca tivemos a iniciativa de colocar o projeto para tal, por achar que Sergipe é um Estado complicado para os financiamentos, apesar de que o projeto seria visto nacionalmente. Bem, com a leitura também do conceito sobre economia criativa, sustentabilidade e crowdfunding, tivemos a ideia de lançar a proposta de criar um projeto independente para as atividades artísticas que agregariam valor às ações do Curta-SE e poderiam ter o financiamento coletivo. Em contato com uma produtora cultural da área de música, criamos o projeto, ela entrou em contato com alguns agentes, e chegaram várias propostas com todos os tamanhos e cachês disponíveis para a agenda. Diante de um estudo de possibilidade que atendesse a um "barateamento" que fosse acessível ao público, chegamos a uma proposta final de programação. Ficamos felizes com a iniciativa e mais ainda em ver a reação do público, aprovando a iniciativa.

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247 - Como funciona a produção do Curta-SE, no âmbito do financiamento e apoios? Quem pode apoiar o festival? Há vantagens tributárias para quem patrocina um evento como esse? Quanto tempo demora e quais as principais dificuldades de realizar um festival como esse?
RR - Sergipe é um estado peculiar, que não tem nas incitavas políticas, um foco no financiamento/planejamento para a cultura e em especial, para a difusão audiovisual. As iniciativas privadas, por sua vez, são inexistentes. Não sabemos se foi a maldição do cacique de outrora. Perpetuar com os novos caciques à tal maldição, parece ser um uma peculiaridade visível e inacreditável. Então, o Curta-SE é feito na raça. Toda a sua pré-produção até o início do festival é feita sem algum incentivo financeiro. É difícil! Contando, ninguém acredita. Quando ouvimos o relato de amigos que realizam festivais em outros estados, ficamos impressionados como o tratamento é diferenciado. Portanto, de novembro a setembro do próximo ano, a fase de pré-produção é executada sem apoios necessários, mas nossa vontade de realizar o festival é tão grande que superamos todas as dificuldades. Esperamos sempre um futuro melhor, digno e com o reconhecimento de iniciativas públicas e/ou privadas que reconheçam o valor da cultura como promotora de bem-estar e que agrega muitas pessoas em torno.

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