CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Geral

Salve uma vida. Doe sua medula óssea

Medula óssea nada tem a ver com medula espinhal. Sua doação não representa riscos e pode salvar vidas. Uma jovem transplantada e um doador contam suas experiências.

Salve uma vida. Doe sua medula óssea
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.


Por Soline Roy 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

«Meu doador me ofereceu uma segunda vida », diz Christelle. Grávida de 5 meses e meio, a jovem  mulher tinha nódulos linfáticos «e meu médico temeu uma doença perigosa para o feto. Fiz então um exame de sangue e veio o diagnóstico: uma doença galopante e a decisão de prosseguir com o  transplante de medula óssea quatro meses depois. «Foi muito rápido, mas era minha única chance.»

Um doador foi contatado, 221 mil «sentinelas da vida» na França em 2014 (A Agência de Biomedicina espera contar com 240 mil em 2015) inscreveram-se no Registre France Greffe de Moelle. Um gesto simples, com menos restrições do que se pode imaginar. Mas que pode salvar uma vida…

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Nada a ver com a medula espinhal

A medula óssea que é usada para fabricar células sanguíneas não tem nada a ver com a medula óssea da qual ela compartilha somente o nome. Para se tornar uma «sentinela da vida», é preciso ser saudável, ter entre 18 e 51 anos de idade e submeter-se a um exame de sangue. E aguardar o contato, talvez muitos anos depois, no caso de um paciente, que precise de transplante tiver perfil genético quase idêntico ao seu.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Uma vez encontrado o doador, o transplante foi preparado e Christelle colocada em aplasia: sua própria medula foi destruída e com ela, todas suas defesas imunológicas. «Inicialmente, eu não queria o transplante: isso significava me tornar estéril », contou a jovem mulher cuja gravidez teve que ser interrompida devido à quimioterapia. Mas seus médicos deixaram claro que ela não tinha escolha. «Em seguida, fiquei com medo que o transplante não desse certo. O risco de morte não é insignificante durante os 100 dias após o transplante»

 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 

Quase identidade genética

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Por um lado, o perigo é que a medula do doador transmita germes, mesmo sendo por um simples resfriado, ao transplantado desprovido de defesas. «Os doadores são extremamente cuidadosos nos dias que antecedem a doação. Uma mãe deixou de beijar sua filha por mais de uma semana », disse sorrindo Emmanuelle Prada-Bordenave, diretora geral da Agência da biomedicina.

O outro risco é que o enxerto ataque seu hospedeiro. O «cartão de identidade biológica » do doador e o do receptor devem, portanto ser quase idênticos, pois  «a medula óssea que produz os diversos componentes do sangue é muito sensível à imunidade», explica Emmanuelle Prada-Bordenave. Cerca de 2 mil transplantes por ano são realizados na França, dos quais, 59 % através de doadores sem laços familiares. «A escassez de medula é extremamente rara, mas acontece para perfis muito específicos », especifica Emmanuelle Prada-Bordenave.

Um receptor do outro lado do mundo?

Tendo em vista que a população francesa é extremamente diversificada, portanto, geneticamente muito diversa: dois indivíduos tomados ao acaso na população têm uma chance em um milhão para serem compatíveis! E seu «quase-gêmeo» pode morar do outro lado do mundo: Emmanuelle Prada-Bordenave lembra um doador morando na França, cuja medula serviu para fazer um transplante em um Russo. Um antepassado do paciente tinha gostado de um soldado de Napoleão enquanto um russo, branco, tinha passado através da história familiar do doador…

«Também precisamos recrutar homens!», afirma a diretora geral da Agência de Biomedicina. Em parte porque as mulheres desenvolveram uma imunidade mais forte após cada gravidez, tendo assim chances menores de serem compatíveis com outro.

A doação é anônima e gratuita, mas o doador ou receptor pode escrever, através da Agência de Biomedicina e de forma anônima, para aquele com quem compartilha a medula óssea. «Eu queria que meu doador soubesse que tinha alguém por trás do seu gesto, conta Christelle. Eu gostaria de lhe escrever novamente para dizer que sete anos mais tarde ainda estou aqui e retomei uma vida normal.» A jovem mulher conta, entre seus parentes, que pelo menos cinco pessoas  estão inscritas nos registros. Na esperança que um dia seja possível devolver para outra pessoa, a vida que a generosidade de um desconhecido lhe ofereceu.

 

 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO