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Sampaio confronta Odair e prepara relatório à parte

Para tucano, números da comissão mostram que relator da CPMI do Cachoeira deixou depoimentos de pessoas ligadas ao contraventor em segundo plano para restringir investigação ao governador de Goiás; PSDB ameaça processar o petista por vazamento de informações sigilosas

Sampaio confronta Odair e prepara relatório à parte (Foto: Edição/247)
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247_ O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), que integra a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, afirmou que pretende apresentar um parecer independente ao do relator dos trabalhos, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Sampaio disse que o balanço da atuação da CPI até agora mostra "claro direcionamento das investigações" contra a oposição e que o relatório paralelo seria uma alternativa, apoiada por outros partidos, de conferir maior equilíbrio às conclusões da apuração. Segundo Sampaio, a atuação de Odair revela um claro viés de perseguição contra a oposição, notadamente o governador de Goiás, Marconi Perillo.

“Os números falam por si só. Levantamento estatístico mostra que o relator ouviu até agora 42% das pessoas ligadas ao governador e apenas 19% ligadas ao núcleo criminoso que é o objeto da CPI. Ou seja, ligadas ao Carlos Cachoeira", diz o deputado Sampaio. "Não investigam o Cachoeira nem seu braço financeiro (Delta), mas investigam Marconi Perillo, que não faz parte de núcleo criminoso algum. Há um direcionamento e o relator precisa rever seu posicionamento”, observa o deputado.

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Os números divulgados pelo secretariado da CPMI do Cachoeira confirmam as informações de Sampaio. Apesar de Cachoeira ser o objeto dos trabalhos da comissão, os parlamentares ouviram 12 pessoas ligadas a Perillo e 10 envolvidos no esquema do contraventor, que permanece preso sob a acusação da prática de vários crimes, entre eles exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro desviado de concorrências públicas em diversos Estados.

Ainda segundo os dados, foram aprovados 49 requerimentos referentes a 28 pessoas ligadas a Perillo. Até agora, a CPI ouviu 12, ou 42% dos indicados. Já em relação a Cachoeira, foram 116 requerimentos aprovados referentes a 51 pessoas, mas foram ouvidas 10 pessoas até agora – 19% das pessoas indicadas pelos parlamentares da comissão.

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Sampaio defendeu a criação de sub-relatorias para dividir a condução dos trabalhos. Segundo lembrou, as maiores CPIs do Congresso usaram esse instrumento. O relator petista não aceitou criar os grupos. “Técnicos colocados à disposição da CPI estão, na verdade, à disposição só do relator. Não sei quem são, não consigo consultá-los e não sei onde ficam. Portanto, não tenho como dizer que os técnicos estão à disposição do colegiado”, criticou o parlamentar tucano.

Justiça

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Ao mesmo tempo, lideranças tucanas avaliam a possibilidade de entrar com um processo contra Odair Cunha na Justiça sob a acusação de que ele divulgou trechos de escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo que estão sob segredo de Justiça. Cunha esteve duas vezes na Justiça Federal de Goiânia em busca de novas gravações feitas durante da Operação. Em uma das visitas, o deputado petista chegou a posar com os envelopes diante das câmeras de televisão.

Nos bastidores, parlamentares governistas afirmam que Odair está sendo pressionado pela direção nacional do PT e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a direcionar as investigações contra o PSDB, em especial o governador de Goiás. O relator da CPI teria inclusive levado uma bronca de Lula em função do desempenho de Marconi em seu depoimento à comissão, no dia 12 de junho. Governo e oposição reconheceram que Marconi saiu-se melhor que Odair.

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