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Sarado e inteligente. Trabalhar os músculos estimula o funcionamento do cérebro

O esporte é benéfico para as funções cognitivas. É o que revelam os resultados de dois estudos que permitem conhecer melhor como as práticas desportivas auxiliam e incrementam as capacidades cerebrais.

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Por: Soline Roy – Le Figaro Santé

 

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Há muito se sabe que as práticas desportivas tornam a pessoa mais relaxada e bem humorada. Descobre-se agora que elas também tornam o indivíduo mais apto a se concentrar no desempenho das tarefas difíceis. Mente sadia num corpo sadio não é mais, assim sendo, apenas uma súplica aos deuses antigos, mas um fato biológico perfeitamente constatado. Numerosas pesquisas demonstram que a atividade desportiva exerce uma influência sobre a saúde do nosso cérebro.

Com efeito, trabalhos apresentados a 30 de novembro no congresso anual da Sociedade de Radiologia da América do Norte (RSNA) trazem à luz novas provas das modificações cerebrais provocadas pelo esporte. Seus autores fizeram um grupo de 35 adultos portadores de problemas cognitivos leves (MCI), que sabidamente têm mais risco de desenvolver o Mal de Alzheimer, a seguir um programa de exercícios físicos 4 vezes por semana e durante 6 meses. 16 deles praticaram atividade aeróbicas (que melhoram o consumo de oxigênio pelo organismo: correr na esteira, bicicleta, etc); os 19 outros fizeram apenas exercícios de alongamento muscular. Ressonâncias magnéticas cerebrais foram feitas antes e ao final da temporada de exercícios, nos dois grupos.

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Aumento do volume da matéria cinzenta

Nos dois grupos, o volume da matéria cinzenta tinha aumentado na maioria das regiões cerebrais, notadamente no lobo temporal implicado na memória a curto prazo. Além disso, os pesquisadores notaram que apenas os membros do grupo “exercícios aeróbicos” tiveram uma melhora notável das suas funções executivas. Neles o aumento do volume da matéria cinzenta tendia sempre a ser superior ao dos membros do outro grupo. Nestes (os que integraram o “grupo alongamento”), foi observada uma atrofia localizada na matéria branca (a parte que contem as fibras nervosas que fazem as ligações entre as áreas da matéria cinzenta e transmitem as informações entre os neurônios. Os autores opinaram então que o exercícios aeróbicos seriam mais eficazes (embora seja necessário dizer que os participantes do grupo aeróbico eram em média mais jovens (63 anos) que os membros do grupo de alongamentos (67 anos).

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De qualquer modo, parecem não mais existir dúvidas quanto ao fato de que o esporte atua sobre nossos cérebro. Mas ainda falta explicar os mecanismos do fenômeno. Em trabalhos publicados em junho deste ano, uma equipe do departamento de neurociências do National Institute of Health (NIH) em Baltimore (EUA) sugere que durante os exercícios os músculos secretam substâncias que são canalizadas até o cérebro através da circulação sanguínea.

Os músculos comandam o cérebro

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A equipe de investigadores identificou a ação de uma proteína produzida pelas células musculares como resposta às contrações dos músculos, a catepsina-B. Essa proteína tinha a sua taxa aumentada no sangue de ratos ativos, mas não no sangue de ratos sedentários. Verificou-se também que a memória espacial dos ratos ativos era bastante melhor, e que os mecanismos de crescimento dos neurônios estava ativado em seus cérebros. A partir disso, os pesquisadores trabalharam com ratos manipulados geneticamente para não mais produzir essas proteínas. Contrariamente aos ratos normais, a atividade não mais melhorava as suas funções cognitivas e nem aumentava a sua neurogênese.

Os mesmos pesquisadores, a seguir, acompanharam um grupo de 43 pessoas adultas jovens, 20 dos quais foram submetidos a uma atividade física intensa (3 vezes por semana, com seu ritmo cardíaco aumentado entre 70 a 80%, durante 45 a 75 minutos. Os membros do outro grupo foram submetidos a uma atividade física moderada (duas vezes por semana, 50% do seu ritmo cardíaco, durante 10 a 15 minutos. Ao final de 4 meses, as pessoas do primeiro grupo não apenas exibiam uma melhor forma física, mas também apresentavam índices de catepsina-B mais elevados, e melhores capacidades de memória.

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Conclui-se que não existe nenhuma necessidade de se inventar a “pílula do esporte”: ela certamente existe em cada um de nós. Basta fazer trabalhar os músculos para que nosso cérebro cresça e melhores suas capacidades...

 

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