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Senadora teme que governador seja traído por aliados em 2018

O PT vai reunir os gestores eleitos para debater os mandatos como forma de fortalecimento da sigla nesta terça-feira (8), em Teresina; na pauta estará a perda de espaços políticos pela legenda dentro do governo Wellington Dias e o fortalecimento de aliados como PMDB, PP e PSD; senadora Regina Sousa diz temer que estes partidos venham abandonar o governo em 2018, como fizeram no impeachment de Dilma Rousseff; "É aquela coisa: o Wellington é bom, mas o PT não presta. A gente está cansado disso. Os caras vêm pelo Wellington, não é pelo PT. Eles querem que o PT se dane"

O PT vai reunir os gestores eleitos para debater os mandatos como forma de fortalecimento da sigla nesta terça-feira (8), em Teresina; na pauta estará a perda de espaços políticos pela legenda dentro do governo Wellington Dias e o fortalecimento de aliados como PMDB, PP e PSD; senadora Regina Sousa diz temer que estes partidos venham abandonar o governo em 2018, como fizeram no impeachment de Dilma Rousseff; "É aquela coisa: o Wellington é bom, mas o PT não presta. A gente está cansado disso. Os caras vêm pelo Wellington, não é pelo PT. Eles querem que o PT se dane" (Foto: Paulo Emílio)
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Piauí HojeO Partido dos Trabalhadores vai reunir os gestores - prefeitos, vereadores e vereadores - eleitos no dia 2 de outubro passado para debater os mandatos como forma de fortalecimento da sigla. Será no dia 8 de dezembro, no Hotel Cabana, em Teresina. Na pauta, a discutir assuntos internos, como a perda de espaços políticos pelo PT dentro do governo Wellington Dias. Outro tema polêmico será as alianças com partidos como PMDB, PP, PSD.. e o tratamento dado aos petistas pelos "aliados", que se interessam pelo governador "e o PT que se dane", como reclama a senadora Regina Sousa, defensora assumida da tese de que os partido é que devem ser fortes e não os políticos. Regina Sousa falou sobre o tabuleiro de "xadrez" que o governador Wellington Dias vem montando já há algum tempo em nome da governabilidade. A senadora, única voz a se manifstar sobre as alianças do governo em nível estadual, não esconde a desconfiança nos partidos que votaram pelo impeachment da presidente Dilma, que continuaram integrando a base ou que agora retornam para compor o governo de Wellington Dias.

Piauihoje: O PT concorda com a política de alianças, que vem sendo articulada pelo governador Wellington Dias?

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Regina Sousa: A gente vai conversar para tentar convencer, o governador vai ouvir muita coisa, mas ele vai ouvir nas críticas, vai ter alguns alertas, mas ele não vai mudar, ele já decidiu que quer. Eu não sei, talvez porque não acompanho muito o Wellington, mas não sei o que está perigando essa governabilidade dele aqui. Ele construiu uma maioria, trazendo um monte de gente... O que aconteceu para precisar vir agora o PMDB? Pensar em 2018? Para entrar uns teria que ter tirado outros, na minha opinião, senão esse barco vai ficar muito grande. Em 2018 não vai ter lugar para todo mundo".

Como o PT pretende se manifestar, reagir a essa composição de forças. Como o partido vai agir para não perder espaços no governo?

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"O PT não articula nada. Partido é partido, governo é governo. O PT não decide nada, dá palpite, mas não há deliberação do partido para mudança no governo, nunca teve, nem no governo do Lula, nem da Dilma e nem do Wellington. O PT ouve, analisa, critica, mas o partido em si, com opinião coletiva, não fez nada disso ainda. Nós pedimos que ele (Wellington Dias) converse com o partido e ele disse que vai conversar. Ele disse que as coisas ainda estão sendo esboçadas, sendo desenhadas, embora muita gente fale com a mais absoluta certeza, mas ele vai conversar com o partido, ele vai ouvir, claro que o partido dizer o que pensa disso, o partido não vai querer perder. Em tese, os cargos são todos do governador, mas a gente não pode sacrificar demais o PT porque ele sabe que na hora 'H' o PT é o único que ele tem certeza que fica com ele para o que der e vier. É preciso que ele considere isso também.

Senadora, há lugar para tanta gente na base? A aliança tem quatro vagas majoritárias para 2018. Não é gente demais para pouco espaço?

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Eu acho assim, é minha opinião pessoal, fica grande demais. Será que em 2018 vai caber esse pessoal todo? Será que quando chegar lá em 2018 não vai haver defecções? Não cabe... São quatro cargos: governador, vice e dois senadores. Se você coloca uma arca muito grande, na hora de compor vai ter sempre alguém insatisfeito. Aí pode haver debandada. Esse é um cuidado que é preciso ter.

E a desconfiança? Como o PT vem negociando essa questão, depois do que houve com a presidente Dilma? O PT tem acusado o PMDB de ser o articulador do golpe...

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Não é só o PMDB. O Ciro (Nogueira, senador), o PP tinha um poder danado, ficou com a Dilma até faltando quatro dias para votação do impeachment e depois usou a tese da fidelidade partidária e votou contra. O PP pelo menos foi eleito com o Wellington. O PSD votou todo contra a Dilma. Ele (Dias) trouxe o PSD para compor a maioria, a governança na Assembleia. Então tem muita gente que votou contra a Dilma que está no governo do Wellington ou que está pretendendo vir. O problema é: eles vêm para ajudar, para construir ou vem para destruir, desmantelar, enfraquecer? Essa é a grande questão que se coloca. Gato escaldado tem medo de água fria. Vivemos um período muito recente de traição. Dilma foi traída, ninguém pode negar. Os caras ficaram no governo com ela conspirando para derruba-la. Como é que eu não vou ter desconfiança? Claro que eu tenho. Agora não é obrigado todo mundo concordar comigo. O governador confia plenamente senão não estaria montando esse xadrez. A história, o tempo é quem vai dizer.

Esse pensamento, essa desconfiança é voz geral no PT?

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Acho que sim. Não digo a instância partidária, a Executiva, o diretório. Quando a gente anda no interior, é visível demais, a gente percebe a insatisfação, que não é de agora, dos petistas com o tratamento que se dá ao PT... é aquela coisa: é o Wellington é bom, mas o PT não presta. A gente está cansado disso. Os caras vêm pelo Wellington, não é pelo PT. Eles querem que o PT se dane. Isso precisa mudar.

Será que muda, se o PT também não confia nos aliados?

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Essa relação precisa mudar. Sou da tese de que partido é que tem que ser forte. Só tem democracia com partido forte. Por isso que essa democracia está fragilizada porque não existe partido forte. Como é que as pessoas te elogiam e esculhambam teu partido?

Como a senadora analisa as perspectivas do governador Wellington Dias para 2018?

Se não tiver nenhum acidente de percurso... o Wellington Dias está bem. Não é céu de brigadeiro, mas é um dos melhores governadores do Brasil. Se o Wellington Dias continua dando conta do recado, ele é uma pessoa que tem um carisma muito grande, onde chega as pessoas gostam muito dele, então, 

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