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Setor sucroenergético deve enfrentar mais dificuldades na safra 17/18

Escada abaixo, a safra de cana-de-açúcar em Alagoas caiu num abismo que pode não ter volta; com média histórica de produção de 26 milhões de toneladas, o setor sofreu abalos seguidos a partir do início da crise no setor financeiro internacional em 2008 e também com falta de chuvas; estado, que já teve 24 usinas em operação, agora são apenas 17, mas nem todas deverão moer nesta safra prevista para produzir apenas entre 13 milhões e 15 milhões de tonelada

Escada abaixo, a safra de cana-de-açúcar em Alagoas caiu num abismo que pode não ter volta; com média histórica de produção de 26 milhões de toneladas, o setor sofreu abalos seguidos a partir do início da crise no setor financeiro internacional em 2008 e também com falta de chuvas; estado, que já teve 24 usinas em operação, agora são apenas 17, mas nem todas deverão moer nesta safra prevista para produzir apenas entre 13 milhões e 15 milhões de tonelada (Foto: Voney Malta)
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Por Edivaldo Júnior /gazetaweb.com - Escada abaixo, a safra de cana-de-açúcar em Alagoas caiu num abismo que pode não ter volta. Com média histórica de produção de 26 milhões de toneladas, o setor sofreu abalos seguidos a partir do início da crise no setor financeiro internacional de 2008.
O estado tinha, então, 24 usinas em operação. Mesmo sem acesso ao crédito, as indústrias conseguiram manter, com a ajuda da chuva e do mercado, a safra nesse patamar até 2012, quando ocorreu o primeiro "abalo": a decretação de falência do grupo João Lyra, acompanhada de uma grande seca.
O segundo grande abalo – esse mais cruel – veio nas safras 15/16 e 16/17, com o registro da maior seca que se tem história no setor sucroalcooleiro do estado.
Na safra 15/16 a produção de cana despencou, caindo para 16,3 milhões de toneladas, um recuo de mais de 305 em relação ao ciclo anterior (veja tabela).
A seca persistiu, usinas e fornecedores sem acesso ao crédito, a safra caiu um pouco na safra 16/17 para 16,02 milhões de toneladas.
Agora, na safra 17/18 o setor sucroalcooleiro de Alagoas está prestes a sofrer outra grande "abalo". A produção, já se sabe, será menor. Ficará entre 13 milhões e 15 milhões de toneladas.
Na situação atual, o que se espera é uma nova quebradeira no setor industrial. O mercado já se prepara para o "fechamento" de mais usinas no estado.
Vale lembrar. A safra 2007/2008, há apenas 10 anos, foi a maior de toda a história de Alagoas, com 29,4 milhões de toneladas de cana, processadas por 24 usinas.
Com a produção caindo nesse período a menos da metade, o número de usinas em operação também acompanhou o ritmo. Desde então, sete usinas já encerraram suas atividades: Guaxuma, Laginha, Triunfo, Roçadinho, Porto Alegre, Sinimbu, Capricho. Destas, talvez uma ou duas volte a moer um dia.
Agora vem o terceiro tombo: nem todas as 17 usinas que permaneceram de pé até a safra 16/17, conseguirão operar na safra 17/18 que começou com atraso em Alagoas.
O que se espera – e que deve ser confirmado nos próximos dias – é que duas usinas que estão sem matéria-prima e, como todas as outras, em dificuldades financeiras, anunciem que não vão moer cana nesta safra.
Os números são expressivos. Em apenas 10 anos Alagoas perdeu mais da metade do que levou 4 séculos para construir: produção de cana caindo pela metade e usinas fechando, com uma grande perda de postos de trabalho.
Onde isso vai parar?
Apesar de todos os "dissabores" os líderes do setor sucroalcooleiro de Alagoas ainda apostam na recuperação da atividade, que poderá vir (essa história conto depois) com o lançamento do programa Renovabio.
Seja como for, o que se espera é que a atual safra, a 17/18, seja o fundo do poço do setor que trabalha, para voltar a subir a escada – ainda que lentamente – a partir da safra 18/19

produção de 26 milhões de toneladas, o setor sofreu abalos seguidos a partir do início da crise no setor financeiro internacional de 2008.

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O estado tinha, então, 24 usinas em operação. Mesmo sem acesso ao crédito, as indústrias conseguiram manter, com a ajuda da chuva e do mercado, a safra nesse patamar até 2012, quando ocorreu o primeiro “abalo”: a decretação de falência do grupo João Lyra, acompanhada de uma grande seca.

O segundo grande abalo – esse mais cruel – veio nas safras 15/16 e 16/17, com o registro da maior seca que se tem história no setor sucroalcooleiro do estado.

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Na safra 15/16 a produção de cana despencou, caindo para 16,3 milhões de toneladas, um recuo de mais de 305 em relação ao ciclo anterior (veja tabela).

A seca persistiu, usinas e fornecedores sem acesso ao crédito, a safra caiu um pouco na safra 16/17 para 16,02 milhões de toneladas.

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Agora, na safra 17/18 o setor sucroalcooleiro de Alagoas está prestes a sofrer outra grande “abalo”. A produção, já se sabe, será menor. Ficará entre 13 milhões e 15 milhões de toneladas.

Na situação atual, o que se espera é uma nova quebradeira no setor industrial. O mercado já se prepara para o “fechamento” de mais usinas no estado.

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Vale lembrar. A safra 2007/2008, há apenas 10 anos, foi a maior de toda a história de Alagoas, com 29,4 milhões de toneladas de cana, processadas por 24 usinas.

Com a produção caindo nesse período a menos da metade, o número de usinas em operação também acompanhou o ritmo. Desde então, sete usinas já encerraram suas atividades: Guaxuma, Laginha, Triunfo, Roçadinho, Porto Alegre, Sinimbu, Capricho. Destas, talvez uma ou duas volte a moer um dia.

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Agora vem o terceiro tombo: nem todas as 17 usinas que permaneceram de pé até a safra 16/17, conseguirão operar na safra 17/18 que começou com atraso em Alagoas.

O que se espera – e que deve ser confirmado nos próximos dias – é que duas usinas que estão sem matéria-prima e, como todas as outras, em dificuldades financeiras, anunciem que não vão moer cana nesta safra.

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Os números são expressivos. Em apenas 10 anos Alagoas perdeu mais da metade do que levou 4 séculos para construir: produção de cana caindo pela metade e usinas fechando, com uma grande perda de postos de trabalho.

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Apesar de todos os “dissabores” os líderes do setor sucroalcooleiro de Alagoas ainda apostam na recuperação da atividade, que poderá vir (essa história conto depois) com o lançamento do programa Renovabio.

Seja como for, o que se espera é que a atual safra, a 17/18, seja o fundo do poço do setor que trabalha, para voltar a subir a escada – ainda que lentamente – a partir da safra 18/19

 

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