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Transforme em ação o desejo de poupar e investir

Guardar dinheiro e entrar no mundo dos investimentos est nas prioridades de 58% dos brasileiros ouvidos em pesquisa nacional. Mauro Calil mostra aos iniciantes como colocar a mo na massa

Transforme em ação o desejo de poupar e investir (Foto: Shutterstock)
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Luciane Macedo _247 - Está nos planos do brasileiro para 2012: poupar e investir seu dinheiro. Mais que isso, é uma prioridade, segundo pesquisa da Triad Productivity Solutions, consultoria especializada em produtividade e administração do tempo. Ao que tudo indica, pelo menos nas intenções, o brasileiro quer gastar menos e guardar mais, e não quer deixar suas economias paradas, quer multiplicá-las fazendo investimentos. O momento para transformar esse desejo em ação não poderia ser mais apropriado.

"O Brasil está em uma ascendente, como os Estados Unidos do pós-guerra, da década de 1950", avalia Mauro Calil, educador financeiro e professor do Instituto Nacional de Investidores (INI). "Quem não transformar o otimismo em ação agora, viu a onda chegar, não comprou uma prancha para aprender a surfar e não entrou na água nem para pegar um jacaré", comenta, bem-humorado. "Quem deixar passar esse momento, só vai consumir e fazer outras pessoas enriquecerem", completa, realista. "Nos últimos oito anos, as pessoas deram muita vazão à demanda reprimida, privilegiando consumo e viagens", explica Calil. "Mas ninguém compra geladeira e móveis novos todo ano, e agora as pessoas vão buscar opções de investimento para manter o padrão de vida sustentável".

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A Triad ouviu 1.872 pessoas, de todas as classes sociais, com idade média de 32 anos, em 25 Estados e no Distrito Federal. Os entrevistados -- 98% deles empregados à época da pesquisa, realizada entre outubro e dezembro de 2011 e divulgada na semana passada -- podiam escolher até cinco entre vários planos que gostariam de realizar em 2012. Poupar e investir foi o item mais escolhido, por 58% dos entrevistados, deixando para trás viagens, compra de carro ou ter o próprio negócio. Quando questionados sobre preocupações, as finanças também ficaram no topo da lista, com 28% das respostas dos entrevistados.

Poupar parte do que se ganha, o que pode ser uma tarefa, a princípio, difícil para muitos, não requer grandes esforços. "Quem economizar R$ 10,00 por dia pode investir R$ 300,00 por mês, e isso se transforma em milhões com o passar dos anos", ensina Calil. "Quando a pessoa começa a investir, ela acumula muito rápido, porque percebe que pode fazê-lo sem alterar seu padrão de vida". No consumo, a dica do educador financeiro é não financiar as compras. "O que a pessoa deixa de gasta nos juros e nas parcelas, ela pode investir".

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As opções de investimento são suficientemente variadas no mercado para acolher as mais diversas faixas de renda e de perfis, do mais conservador ao mais arrojado. Quem não sabe por onde começar, pode usar seu próprio banco como ponto de partida para conhecer algumas modalidades de investimento indicadas ao seu caso. "Comece perguntando ao seu gerente, as respostas dele serão seu parâmetro", sugere Calil. "A partir dessa conversa, use a internet como aliada e busque mais informações de outras instituições". Aplicações como o Tesouro Direto podem ser feitas pela internet, assim como CDBs. "Lembre-se que não se pode ter preguiça se quiser ter uma rentabilidade diferenciada", assinala o educador financeiro.

Outro ponto crucial é a disciplina com prazos. "Eles podem determinar o sucesso ou fracasso de uma estratégia, seja na renda fixa ou na variável", adverte Calil. "Se você não tem certeza que poderá aguardar três anos para resgatar o dinheiro, então faça uma aplicação para 12 meses", orienta. "Preste atenção às alíquotas de Imposto de Renda na renda fixa, que declinam de 22,5% para 15% quanto maior for o prazo".

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Na renda variável, Calil indica fundos de ações ou multimercado para quem tem pouco dinheiro, opções mais baratas que manter uma carteira própria de ações. "Cuidado com os fundos alavancados, eles podem ser muito bons, mas são péssimos quando o mercado vira contra a estratégia do fundo", avalia Calil. O professor do INI não considera apropriados, para quem está começando, fundos de ações que aplicam seu capital majoritariamente em uma única empresa, pela falta de diversificação.

Já para quem dispõe de mais do que algumas centenas de reais todo mês, a aplicação direta em ações é mais indicada. "Com R$ 30 mil, vale a pena ter uma carteira própria de ações, porque essa quantia permite uma diversificação razoável em renda variável", explica Calil. "A partir de R$ 15 mil, já dá para começar a montar essa carteira."

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Quem ainda prefere manter distância da Bolsa de Valores por achar que investir em ações requer um perfil agressivo é melhor desfazer-se do mito. "É possível ser extremamente conservador na renda variável com uma carteira de dividendos ou de empresas que estão em setores essenciais à vida em sociedade", ensina Calil. "Ações de bancos, empresas de alimentos, energia elétrica são alguns exemplos", completa. "Nenhuma empresa é à prova de crise, mas as ligadas a esse tipo de consumo têm risco menor que as empresas que vivem de exportar para a Europa, por exemplo".

Segundo Calil, outra maneira de ser conservador na renda variável é ter uma carteira de investimentos em imóveis via fundos de investimento imobiliário. "É uma estratégia boa para quem quer viver de renda de aluguel sem ter nenhum imóvel", comenta o educador financeiro. "A ideia é aplicar um pouco todo mês, no mínimo 10% da renda líquida", orienta. "Com R$ 10 mil, não dá para comprar um imóvel, mas dá para comprar cotas de dez fundos, então se consegue uma boa diversificação e se dilui os riscos".

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Entender o mínimo das modalidades de investimento antes de aplicar o dinheiro é também um fator essencial para o sucesso de qualquer estratégia, assim como estar bem assessorado. "É bom ter alguém sempre de olho, alguém que te mande um torpedo caso haja um acontecimento relevante no mercado enquanto você está de férias", comenta Calil. "Mas todas as decisões são sempre do investidor, por isso ele deve entender minimamente o que está fazendo".

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