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Uma categoria para, e milhões sofrem em São Paulo

Greve de metroviários sufoca São Paulo; maior congestionamento da história das manhãs paulistanas registrado hoje; 209 quilômetros de vias paradas; quatro milhões e meio de cidadãos recorrem a ônibus; governador Geraldo Alckmin (PSDB) chamou movimento de "deliberação política", com motivo "esfarrapado" e avisou que vai cobrar "punição grave"; pergunta volta à tona: uma categoria profissional tem mesmo o direito de lançar o caos sobre milhões de uma hora para a outra?; serviços essenciais à população perderam, na prática, diferenciação necessária

Greve de metroviários sufoca São Paulo; maior congestionamento da história das manhãs paulistanas registrado hoje; 209 quilômetros de vias paradas; quatro milhões e meio de cidadãos recorrem a ônibus; governador Geraldo Alckmin (PSDB) chamou movimento de "deliberação política", com motivo "esfarrapado" e avisou que vai cobrar "punição grave"; pergunta volta à tona: uma categoria profissional tem mesmo o direito de lançar o caos sobre milhões de uma hora para a outra?; serviços essenciais à população perderam, na prática, diferenciação necessária (Foto: Roberta Namour)
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SP 247 – A greve de metroviários de São Paulo foi classificada de "deliberação política" pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que prometeu "punição grave" aos funcionários que aderirem à paralisação. Após decisão em assembleia que teve início às 18h desta quarta-feira, a greve começou meia-noite e hoje afeta mais de quatro milhões de passageiros, segundo estimativa da Companhia do Metropolitana, que administra o Metrô.

"Todo ano isso tem acontecido. É uma deliberação nitidamente política de criar esse caos e descumprimento de ordem judicial, porque a Justiça do Trabalho determinou, como é um serviço essencial, que no horário de pico garantisse 100% [de funcionamento do metrô] e, depois, nos demais horários, 80%", disse Alckmin.

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O governador afirmou ainda que fez "todo um trabalho para evitar a greve, com um aumento real de 8,7%, bem acima da inflação". Segundo ele, o vale-alimentação também passou de R$ 247 para R$ 290 e o vale-refeição, de R$ 615 para R$ 670. "O trabalhador não tem nenhuma contrapartida mais", disse o tucano, acrescentando que "os reajustes somados vão de 10,3% a quase 13% de ganho real". "A situação agora é aguardar o dissídio do tribunal e a punição. Nós vamos exigir uma punição grave pelo descumprimento da lei", anunciou. Os metroviários reivindicam reajuste de 16,5%.

Abaixo, reportagens da Agência Brasil sobre a greve:

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TRT agenda nova audiência de conciliação

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcou para as 15h30 desta quinta-feira (5) uma nova audiência de conciliação entre os metroviários e a direção do Metrô de São Paulo. Na reunião de ontem, intermediada pelo TRT, não houve acordo e os trabalhadores entraram em greve hoje por tempo indeterminado. Os metroviários reivindicam reajuste de 16,5% e a empresa ofereceu ontem 8,7%.

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Após a reunião no TRT, os metroviários farão uma assembleia para avaliar os desdobramentos da paralisação. A assembleia está prevista para começar às 17h, na sede do sindicato da categoria, no bairro do Tatuapé, na zona leste da capital paulista.

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São Paulo tem recorde de congestionamento com greve dos metroviários

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Camila Maciel – A capital paulista tem recorde de trânsito na manhã de hoje (5), segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Às 9h30, as filas de carro chegaram a 209 quilômetros (km) dos 868 km de vias monitoradas pelo órgão. Essa marca é a maior para o período da manhã neste ano e a terceira da série histórica, iniciada em 1994. O pior congestionamento é na zona sul, com 72 km de extensão. Nesta manhã, a cidade enfrenta greve dos metroviários, com interrupção parcial de três linhas, e dos agentes da CET.

De acordo com Osmar Torres, secretário-geral do sindicato dos agentes de trânsito, o Sindiviários, a greve foi aprovada ontem em assembleia e por tempo indeterminado. "Temos a adesão de 95% dos trabalhadores", apontou. Eles pedem reajuste de 12,93%, que inclui a inflação dos últimos 12 meses e um percentual de ganho real. Além disso, pedem concurso público para reposição do quadro de funcionários. "Há uma defasagem de pelo menos 50%", destacou.

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O sindicato apontou que a CET ofereceu 8% de reajuste, o que foi recusado pela categoria. Torres informou que 4,5 mil pessoas trabalham no órgão, dos quais 1,8 mil são agentes. "Esse é o segmento mais defasado. E tem também o nível de estresse, que faz com que muitos adoeçam", avaliou. A companhia não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem da Agência Brasil até o momento de publicação da matéria.

 

Greve do metrô provoca confusão na zona leste; grupo derruba grades

Fernanda Cruz – A greve dos metroviários causou confusão, no início da manhã de hoje (5), na Estação Itaquera, na zona leste, umas das mais movimentadas da capital paulista. Por volta das 7h, usuários ficaram revoltados com o fechamento de toda a estação. Além do metrô, as portas da estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que deveriam funcionar normalmente, foram fechadas por medida de segurança.

Um grupo derrubou e quebrou grades para entrar na área de embarque dos trens da CPTM. A Polícia Militar foi chamada, mas ninguém foi preso. Não houve feridos. Temendo uma confusão maior, as catracas foram liberadas às 7h40 e os trens da CPTM começaram a parar na estação.

Usuários reclamaram de não ter sido informados sobre o fechamento do embarque da CPTM, que ocorreu no início da manhã. A assessoria de imprensa da companhia informou que a medida foi para garantir a segurança dos passageiros, já que alguns teriam invadido a área do metrô. Ainda, segundo funcionários, as instalações pertencem ao metrô, embora a CPTM utilize a mesma estação.

Cristiano Chaves de Lemos, administrador de 35 anos, é usuário do metrô e precisa ir até o centro da cidade, onde trabalha. "Eu me sinto lesado todos os dias. A gente acompanha o noticiário e nada foi falado sobre o fato de os trens [da CPTM] não pararem aqui. A gente achou que teria uma alternativa. Eu só quero trabalhar", disse ele.

Os moradores da zona leste que tentaram utilizar os ônibus disponibilizados pela São Paulo Transporte SPTrans também encontraram dificuldades para enfrentar a lentidão no trânsito. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, a cidade registrou 245 quilômetros de congestionamento no início da manhã.

Abaixo, matéria anterior do 247:

247 – O motorista de São Paulo deve enfrentar novamente nesta quinta-feira trânsito fora do normal, influenciado pela paralisação do Metrô.

Duas semanas após paralisação surpresa de motoristas e de cobradores de ônibus, o caos volta a reinar na cidade com três linhas do Metrô paradas completamente. Apenas a Linha 4-Amarela e a Linha 5-Lilás estão em operação. Mais de quatro milhões de usuários do sistema podem ser penalizados, estima a Companhia do Metropolitano de São Paulo, que administra o metrô.

O Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), da São Paulo Transporte (SPTrans), foi acionado. O governo também suspendeu o rodizio de veículos.

Houve depredação na estação Itaquera do Metrô e CPTM, na Zona Leste. Cerca de 30 pessoas derrubaram os portões das duas entradas e passageiros pularam a catraca para acessar a plataforma do trem. A Polícia Militar foi chamada e, a partir das 7h40, as catracas voltaram a funcionar normalmente.

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