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Unifesp: especialista em entorpecentes está sendo criminalizado

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgou nota dizendo estar preocupada com as recentes acusações feitas contra o Prof. Elisaldo Carlini, professor emérito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp); ele foi intimado a depor à polícia de São Paulo por suposta apologia ao crime; segundo a universidade, "Carlini vem sendo criminalizado em função de sua pesquisa sobre drogas medicinais à base de cannabis sativa"

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgou nota dizendo estar preocupada com as recentes acusações feitas contra o Prof. Elisaldo Carlini, professor emérito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp); ele foi intimado a depor à polícia de São Paulo por suposta apologia ao crime; segundo a universidade, "Carlini vem sendo criminalizado em função de sua pesquisa sobre drogas medicinais à base de cannabis sativa" (Foto: Leonardo Lucena)
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SP 247 - A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgou nota dizendo estar preocupada com as recentes acusações feitas contra o Prof. Elisaldo Carlini, professor emérito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), sendo um dos pioneiros da Farmacologia do nosso país. Ele foi intimado a depor à polícia de São Paulo nesta quarta-feira (21) por suposta apologia ao crime.

Segundo a universidade, "Carlini vem sendo criminalizado em função de sua pesquisa sobre drogas medicinais à base de cannabis sativa, pelo qual é internacionalmente reconhecido, e foi intimado a depor à polícia de São Paulo na quarta-feira (21), sob a inaceitável acusação de fazer apologia ao crime, devido à sua pesquisa".

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"Em um momento no qual as universidades públicas, que desenvolvem pesquisa de qualidade, lutam para continuar realizando ciência e formação, além de projetos sociais, torna-se ainda mais importante defender a vida e a obra do Prof. Elisaldo Carlini", diz.

Leia a íntegra da nota:

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A Reitoria da Unifesp manifesta a sua preocupação com as recentes acusações feitas ao Prof. Elisaldo Carlini, professor emérito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), sendo um dos pioneiros da Farmacologia do nosso país.

Carlini vem sendo criminalizado em função de sua pesquisa sobre drogas medicinais à base de cannabis sativa, pelo qual é internacionalmente reconhecido, e foi intimado a depor à polícia de São Paulo na quarta-feira (21), sob a inaceitável acusação de fazer apologia ao crime, devido à sua pesquisa.

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O Prof. Elisaldo Carlini formou-se em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) em 1956 e é um dos maiores especialistas em entorpecentes do Brasil, e um dos mais respeitados internacionalmente, tendo estudado os efeitos da maconha e de outras drogas em nível experimental durante toda sua vida profissional.

Ao longo dos seus 88 anos, foi condecorado duas vezes pela Presidência da República por seu trabalho como pesquisador, citado 12 mil vezes em pesquisas científicas nacionais e internacionais. Foi presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e membro do Conselho Econômico Social das Nações Unidas (ECOSOC/ONU).

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Doutor honoris causa de inúmeras universidades e instituições dentro e fora do país, Carlini também é diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), está no sétimo mandato como membro do Expert Advisory Panel on Drug Dependence and Alcohol Problems, da Organização Mundial da Saúde (OMS), e continua ativamente debruçado em suas pesquisas experimentais, bem como na formação de doutores nessa área. Sua carreira e sua trajetória como intelectual e cientista demonstram claramente que o Prof. Carlini vive uma vida acadêmica em dedicação exclusiva.

Em um momento no qual as universidades públicas, que desenvolvem pesquisa de qualidade, lutam para continuar realizando ciência e formação, além de projetos sociais, torna-se ainda mais importante defender a vida e a obra do Prof. Elisaldo Carlini. Também é fundamental defender a importância do desenvolvimento científico, sem o qual não se pode conquistar a evolução para a condição humana.

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É hora de defender a democracia e a universidade. Chamamos toda a comunidade acadêmica da Unifesp a se solidarizar com o Prof. Carlini e defender o desenvolvimento da ciência com autonomia e liberdade.

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