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Valadares: Reforma da Previdência é mais uma forma de desrespeito às mulheres

"Essa proposta retira o tratamento diferenciado que as mulheres recebem em função da dupla ou até tripla jornada de trabalho que têm (trabalham fora para contribuir com o sustento da família, executam boa parte dos serviços domésticos e assumem a tarefa de educar os filhos)", afirmou o deputado; em discurso no plenário, ele levantou dados de homicídios cometidos contra mulheres e informações sobre as mulheres no mercado de trabalho

"Essa proposta retira o tratamento diferenciado que as mulheres recebem em função da dupla ou até tripla jornada de trabalho que têm (trabalham fora para contribuir com o sustento da família, executam boa parte dos serviços domésticos e assumem a tarefa de educar os filhos)", afirmou o deputado; em discurso no plenário, ele levantou dados de homicídios cometidos contra mulheres e informações sobre as mulheres no mercado de trabalho (Foto: Gisele Federicce)
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Sergipe 247 - Em discurso no plenário nesta quarta-feira 8, Dia Internacional da Mulher, o deputado federal Valadares Filho (PSB-SE) ressaltou que muitas das desigualdades e injustiças que motivaram o movimento das mulheres no final do século XIX e início do século XX, persistem até os dias atuais.

No que se refere às condições de trabalho, o parlamentar destacou que as mulheres continuam, comparativamente, recebendo por tarefas e cargos equivalentes, menos do que os homens. "As medidas para se colocar mais mulheres no mercado de trabalho não estão mostrando resultados, pois a maioria das vagas de emprego continuam sendo ocupadas por homens", alertou.

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"Mas quando olhamos para carga de trabalho dos homens, constatamos que só 46% destes executam, também, serviços domésticos, além do trabalho fora de casa. Para agravar: enquanto as mulheres trabalham, em média, 20,6 horas semanais em tarefas domésticas, os homens ocupam apenas 9,8 horas com esse tipo de trabalho", disse ainda o deputado.

Em relação aos dados de homicídios cometidos contra mulheres, Valadares Filho destacou que, nesse ranking, o Brasil perde apenas para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. "Com uma taxa de 4,8 homicídios por 100 mil mulheres, o Brasil é o quinto país que mais comete violência contra a mulher; quarenta e oito vezes mais que o Reino Unido; vinte e quatro vezes mais que a Irlanda e a Dinamarca e dezesseis vezes mais que o Japão e a Escócia".

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O que é mais grave, disse ele, é que a mulher está mais vulnerável dentro de sua própria casa. "27,1% dos registros de violência física ocorrem em casa; e, em mais de 65% dos casos os agressores são o marido ou companheiro".

Sobre as mulheres sergipanas, declarou que os dados não diferem muito do resto do mundo. "Dos casos de violência contra a mulher registrados em Sergipe, 72,41% são contra mulheres; desse percentual, 85,96% é de violência doméstica, sendo 70,71% desses casos são cometidos pelo parceiro".

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Por fim, Valadares Filho destacou que o Brasil assiste, nesse momento, mais um ato de desrespeito às mulheres brasileiras. Segundo ele, a Reforma da Previdência que tramita na Câmara afeta mais às mulheres que os homens, quando propõe a fixação da idade mínima de 65 anos para aposentadoria, sem distinção para mulheres.

"Essa proposta retira o tratamento diferenciado que as mulheres recebem em função da dupla ou até tripla jornada de trabalho que têm (trabalham fora para contribuir com o sustento da família, executam boa parte dos serviços domésticos e assumem a tarefa de educar os filhos)", afirmou.

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A desvinculação do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) do salário mínimo, segundo Valadares Filho, vai tornar ainda precária a vida das mulheres brasileiras, especialmente, aquelas mais pobres, como as trabalhadoras rurais, que recebem auxílio da Previdência Social.

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