Valcke: "Não há razão para eu deixar a Fifa"
Um dia depois de Joseph Blatter anunciar que irá deixar a presidência da Fifa em meio ao escândalo de corrupção na entidade, o francês Jérôme Valcke afirmou nesta quarta-feira, 3, que não cometeu nenhuma irregularidade e que, por isso, não vê razão para renunciar ao cargo de secretário-geral; "Não há razão para deixar de ser o secretário-geral. Não tenho nenhuma responsabilidade [na crise] e nem autocensura para fazer", disse Valcke; francês negou ter autorizado transferência de US$ 10 milhões em nome da África da Sul para o então presidente da Concacaf, Jack Warner
247 com Reuters - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse nesta quarta-feira que não é culpada de qualquer prática corrupta em uma transferência bancária de 10 milhões de dólares investigada por autoridades dos Estados Unidos, e disse não ver nenhuma razão para renunciar ao seu cargo.
"Não tenho nenhuma razão para dizer que não deveria permanecer como secretário-geral por conta do que aconteceu nos últimos dias, porque eu não tenho responsabilidade", disse ele à rádio France Info. "Estou além de qualquer reprovação e certamente não me sinto culpado. Então sequer tenho que justificar que sou inocente", acrescentou.
O francês negou ainda ter autorizado uma transferência de US$ 10 milhões (R$ 31,5 milhões), em nome da África da Sul, para o então presidente da Concacaf, Jack Warner.
De acordo com o "New York Times", as investigações conduzidas pelos EUA sobre corrupção no futebol apontaram o secretário-geral como responsável pelo pagamento desse montante, que seria uma propina paga pelos sul-africanos pelo voto do cartola centro-americano na escolha da sede da Copa do Mundo-2010.
"Não tenho poder de autorizar um pagamento, menos ainda um pagamento de US$ 10 milhões e que veio de uma conta de fora da Fifa", defendeu-se.
"Em um determinado momento, após uma decisão do governo sul-africano, a Fifa recebeu uma carta que pedia a retirada de uma soma de US$ 10 milhões do comitê organizador do Mundial de 2010 para o programa 'Diaspora Legacy'. Esses fundos deveriam ser controlados pelo presidente da Concacaf. Então, eles mandaram as contas indicadas por Jack Warner", completou.
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