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Vereador chama ocupação de “golpe” do PT e do PSOL

“Esse grupo não é apartidário, vocês podem olhar as fotos que estão no site da Câmara, vão identificar camisetas e bandeiras desses partidos políticos. Enfim, isso é um golpe. Um golpe dos partidos e dos vereadores do PT e do PSOL contra os outros partidos. Os que estão aqui estão contra o golpe”, disse o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Dr. Thiago Duarte (PDT)

Vereador chama ocupação de “golpe” do PT e do PSOL (Foto: Desirée Ferreira)
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Débora Fogliatto
Sul 21 - O presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Dr. Thiago Duarte (PDT), classificou nesta segunda-feira (15) a ocupação da casa como “golpe na democracia e no parlamento”. Em entrevista coletiva concedida na Assembleia Legislativa, ele entregou um ofício ao deputado Pedro Westphalen (PP) solicitando apoio no cumprimento da ordem judicial de desocupação. Durante a entrevista, membros do Bloco de Luta pelo Transporte Público foram até o Plenário e tentaram entregar um documento ao presidente da Câmara, que não os recebeu.

Thiago Duarte disse estar falando em nome de 30 vereadores, pertencentes às bancadas de 11 partidos: PDT, PTB, PMDB, PRB, PPS, PSDB, PSD, DEM, PP, PSB e PCdoB. Os vereadores do PSOL e do PT, por sua vez, não teriam concordado com as medidas tomadas pelo presidente.

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Ele afirmou que o grupo que ocupa a Câmara, que se dizia apartidário, mostrou que era composto por militantes do PSOL e do PT, com o apoio dos vereadores destes partidos. “Esse grupo não é apartidário, vocês podem olhar as fotos que estão no site da Câmara, vão identificar camisetas e bandeiras desses partidos políticos. Enfim, isso é um golpe. Um golpe dos partidos e dos vereadores do PT e do PSOL contra os outros partidos. Os que estão aqui estão contra o golpe”, disse.

Para Thiago Duarte, as tentativas de diálogo realizadas de quarta até sábado foram frustradas. “Sem outra solução”, ele entrou com um processo de reintegração de posse, que foi acatado pela justiça.

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Na carta entregue ao presidente da Assembleia, Duarte e o grupo de vereadores solicitaram a intervenção da Assembleia “para que se possibilite cumprimento da ordem” e que sejam apurados possíveis “crimes de responsabilidade praticados pelo chefe do poder executivo estadual”. Devido à não-intervenção da Brigada Militar, o vereador considera que o governador Tarso Genro não cumpriu a determinação da justiça. Duarte ainda disse que teria enviado três e-mails à Casa Civil pedindo a intervenção da BM e que não teria recebido resposta.

Durante a coletiva, seis membros do Bloco de Luta aguardavam na Assembleia, onde esperavam ser recebidos pelo presidente da Câmara para entregar-lhe um documento. No entanto, sua entrada não foi permitida. Eles se posicionaram em frente à porta do Plenário e gritaram: “o Presidente da Câmara se recusa a receber a população”. Thiago Duarte disse que não iria “aceitar provocações”.

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O deputado Pedro Westphalen afirmou que irá discutir o ofício entregue por Duarte na reunião da mesa diretora hoje à tarde ou amanhã pela manhã. Na manhã de hoje, ele se reuniu com os vereadores do PT Carlos Comassetto e Alberto Kopittke, que se mostraram favoráveis ao movimento. “Recebemos dois grupos de vereadores e receberemos todos que procurarem essa casa. Vamos analisar toda a documentação e ver de que maneira podemos trabalhar para acabar com esse impasse”, garantiu.

A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), que não foi chamada para participar da coletiva, estava na Câmara no momento da entrevista. Ao ser informada pela reportagem do Sul21 das afirmações de Thiago Duarte, ela lamentou que o presidente “não veja a composição ampla, democrática e cidadã do movimento social que ocupa a Câmara”.

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“O movimento estava em processo de negociação, todos os lados discutiram e houve retorno. Lamentavelmente, de maneira unilateral, o presidente rompeu o diálogo no sábado de manhã por uma divergência na data de desocupação. O movimento tinha aceitado as propostas e só sairia na segunda para viabilizar a apresentação de seu projeto para a Câmara”, explicou a vereadora.

Para a vereadora Sofia Cavedon (PT), Thiago Duarte “perdeu completamente a capacidade de avaliação e de entender o que está acontecendo”. Ela afirmou que existe dentro do movimento uma racha “enorme”, em que parte dos manifestantes critica o governador Tarso Genro e a presidente Dilma Rousseff. “O movimento é apartidário, nós não promovemos o movimento e fomos surpreendidos na quarta-feira pela presença dos jovens, assim como a presidência foi surpreendida”, esclareceu.

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Em assembleia nesta segunda-feira, uma integrante do Bloco voltou a garantir o caráter não-partidário do movimento. “Para nós, é fundamental o respeito à diversidade ideológica. Priorizamos construir esse movimento, que está desde o início do ano constituído”, afirmou. Ela também disse que o passe livre será conquistado, a respeito das declarações do prefeito José Fortunati, que disse que Porto Alegre não terá passe livre “de forma alguma”.

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