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Vereadores de SP criticam 'caixa-preta' do Tribunal de Contas do Município

Vereadores de São Paulo criticaram a excessiva burocratização e os custos elevados em processos de fiscalização, afirmando que a burocracia não pode tornar ainda mais custosas as ações do Executivo - quando deveria acontecer exatamente o oposto; o Tribunal de Contas do Município foi classificado como um órgão de baixíssima transparência, caro, e serve para acomodar indicações políticas que passam a contar até mesmo com cargos vitalícios, em alguns casos

Vereadores de São Paulo criticaram a excessiva burocratização e os custos elevados em processos de fiscalização, afirmando que a burocracia não pode tornar ainda mais custosas as ações do Executivo - quando deveria acontecer exatamente o oposto; o Tribunal de Contas do Município foi classificado como um órgão de baixíssima transparência, caro, e serve para acomodar indicações políticas que passam a contar até mesmo com cargos vitalícios, em alguns casos (Foto: Charles Nisz)
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Rede Brasil Atual - Vereadores de São Paulo criticaram a excessiva burocratização e os custos elevados em processos de fiscalização, e afirmaram que a burocracia não pode tornar ainda mais custosas as ações do Executivo, quando a função deveria ser exatamente o oposto. Em especial, o Tribunal de Contas do Município (TCM) foi classificado como um órgão de baixíssima transparência, que custa caro, e serve para acomodar indicações políticas que passam a contar até mesmo com cargos vitalícios, em alguns casos.  

O evento Debate Sobre o Legislativo reuniu, na Fundação Escola de Sociologia de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), nesta segunda-feira (26), os vereadores Eduardo Suplicy (PT), Gilberto Natalini (PV), José Police Neto (PSD) e Soninha Francine (PPS), além de Pedro Markun. Este último desenvolveu o projeto Gabinete 56, uma espécie de "ouvidoria" da Câmara ou de mandato parlamentar para aqueles que não tiveram o seu candidato eleito.

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Medindo custos e resultados, eles chegaram inclusive a defender a extinção do TCM, incorporando suas funções de fiscalização ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), assim como ocorre com os demais municípios de São Paulo. 

Police Neto

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Após destacar avanços que teriam sido obtidos após sua passagem como presidente da Câmara, de 2011 a 2013, o parlamentar defendeu a participação da sociedade para que mecanismos de "controle excessivo" possam ser reduzidos, dando mais agilidade para o processo de fiscalização e criação de novas leis. 

"A burocracia tem um limite, de não tornar a tarefa da política pública mais cara que a sua finalidade. Um processo licitatório que leva cinco anos, que se arrasta em disputas judiciais, fica mais caro o controle do que o projeto pretendido. Quando a sociedade está presente, com transparência, a necessidade de controle excessivo vai diminuindo. Reduz-se o caldo de cultura."

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Soninha

A vereadora destacou que o orçamento do TCM chega a ser maior que os gastos de "duas ou três secretarias", comparável ao somatório dos recursos de oito prefeituras regionais. À própria Câmara, que tem intrinsecamente  o papel de fiscalizar, e ao TCM, existem ainda comitês temáticos, além de Conselhos Municipais, que acabam redundando em "sobreposição de funções" na fiscalização. Segundo ela, há "algo muito errado quando o órgão auxiliar de controle gasta mais que órgãos executivos. 

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Natalini

O experiente vereador do PV se disse magoado e "machucado" pela qualidade da representação no atual Parlamento Municipal que, segundo ele, foi transformado em local de negociatas. Ele disse que a sua geração, que lutou para o restabelecimento da democracia, falhou na construção de um estado de bem-estar social efetivo e disse que este provavelmente seja o seu último mandato. "Não arriscamos a nossa vida para o país virar isso aí."

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Suplicy

Vereador mais votado de São Paulo, Suplicy destacou a sua atuação parlamentar em prol das populações mais vulneráveis, como na atuações truculentas das forças policiais (Guarda Municipal e PM) contra a população de rua e usuários de drogas na Cracolândia, ou ainda no caso de Jéssica Monteiro, presa por tráfico, junto com o filho recém-nascido. "Somos representantes do povo em qualquer situação." Ele também destacou esforços de transparência nos tempos em que presidiu a Casa, em 1989, ainda antes da era da internet e da TV Câmara. 

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Gabinete 56 

Markun disse que a atividade legislativa municipal é "balé do absurdo", com funcionamento que é quase impossível de ser compreendido pela população, com acordos de bastidores, e lances produzidos especialmente para a plateia, como quando um projeto de lei é aprovado e festejado pelo parlamentar, mas é vetado pelo prefeito, na sequência. 

Ele também rebateu algumas impressões do senso comum que cobra, por exemplo, o corte de cargos de assessoria. Segundo ele, São Paulo é uma cidade "ingovernável", ainda mais se se abrir mão da metade dos assessores, como propõe a vereadora Janaína Lima (Novo). Nem sempre gastar muito é gastar mal, afirmou. Gastar muito, quando o valor é alocado devidamente, pode ser "a melhor coisa", dadas as carências e desigualdades da cidade.

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