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“Mulheres prejudicam a saúde por culpa da pobreza menstrual”, diz Isabela Benassi, da campanha Fluxo Solidário

Em entrevista à TV 247, a ativista criticou o veto de Bolsonaro ao PL que permitiria a distribuição de absorventes gratuitos e explicou o que significa pobreza menstrual. As mulheres de baixa renda “usam protetores menstruais de péssima qualidade, ou não usam nenhum”, destacou. Assista na TV 247

(Foto: Reprodução/Instagram | Pixabay)
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247 - Isabela Benassi, estudante e coordenadora da campanha Fluxo Solidário, grupo de mulheres que se juntou para distribuir absorventes durante a pandemia da Covid-19, comentou, em entrevista à TV 247, o veto de Jair Bolsonaro sobre o projeto de lei que permitiria a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade.

Para a ativista, que é mestranda em Literatura e Estudos de Gênero pela USP, a pobreza menstrual está ligada ao fenômeno da “feminização da pobreza”, que remete à desigualdade de gênero “estrutural” na sociedade brasileira. “A pobreza menstrual compõe um fenômeno que chama feminização da pobreza. A feminização da pobreza é reconhecida como uma situação que coloca as mulheres sistematicamente em condições mais pobres do que os homens. Existem condições de desigualdade de gênero que são estruturais na sociedade e que as mulheres, por conta disso, acabam sendo mais pobres e se colocam em situação de mais vulnerabilidade. Então, a pobreza menstrual é um desses problemas. Existe o desemprego, a pobreza econômica, a tripla jornada que a gente sofre também, que acaba também aumentando a nossa carga de trabalho e piorando a nossa condição de trabalho externo ao doméstico”, explicou ela. 

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A pobreza menstrual, exacerbada ainda mais pelo veto de Bolsonaro, é definida como “a ausência de protetores menstruais em pessoas que estão em pobreza extrema e também em pessoas que têm condições econômicas mais baixas”, segundo Isabela. “Geralmente, essas mulheres usam protetores menstruais de péssima qualidade, ou não usam nenhum. Elas acabam recorrendo a insumos que são prejudiciais para a saúde. Então, no sistema penitenciário, por exemplo, existe um tipo de ausência de protetor menstrual, que faz com que as mulheres recorram a questões insalubres. No estado de São Paulo, que tem a maior população carcerária do Brasil, as mulheres usam pano sujo, coisas que não deveriam ser usadas para conter a menstruação”.

A campanha permanente Fluxo Solidário “busca mitigar esse problema fazendo uma campanha permanente de todas as formas, fazendo a conscientização, agitação política, discussão com os nossos parlamentares, e parlamentares homens também são aliados, além da distribuição de absorventes”, explicou ela. 

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