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Ali Kamel diz que a Globo não tem lado e insinua que a Folha protege Temer

O chefão do jornalismo da Globo, Ali Kamel, publicou um artigo em que rebate as críticas feitas por Marcelo Coelho, na Folha, à cobertura da emissora no caso da JBS e na crise do governo de Michel Temer; Kamel defende que a cobertura não tem lado político e insinua que o mesmo pode não acontecer com o jornal da família Frias; "[Coelho] prefere realçar os ataques à Globo, mas omite aqueles que a própria Folha sofre, quando, justa ou injustamente, é chamada de Falha de S. Paulo por seus supostos erros. Em momentos de radicalização política, sofrem aqueles que noticiam os fatos com independência", escreve

O chefão do jornalismo da Globo, Ali Kamel, publicou um artigo em que rebate as críticas feitas por Marcelo Coelho, na Folha, à cobertura da emissora no caso da JBS e na crise do governo de Michel Temer; Kamel defende que a cobertura não tem lado político e insinua que o mesmo pode não acontecer com o jornal da família Frias; "[Coelho] prefere realçar os ataques à Globo, mas omite aqueles que a própria Folha sofre, quando, justa ou injustamente, é chamada de Falha de S. Paulo por seus supostos erros. Em momentos de radicalização política, sofrem aqueles que noticiam os fatos com independência", escreve (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - Ali Kamel, diretor de jornalismo da Rede Globo, parece ter se revoltado com as críticas do colunista da Folha Marcelo Coelho contra a cobertura da emissora na recente crise política. 
 
Em um extenso artigo publicado nesta quinta, Kamel diz que a cobertura jornalística da globo não tem lado político e insinua que o mesmo pode não acontecer com a Folha. O jornal é alvo de críticas em vários pontos do texto.
 
"Coelho atribui as críticas que a Globo recebeu por noticiar o fato a "uma má vontade com a Globo", "um hábito mental", cuja origem seria uma "recusa da Globo em perceber a realidade". E cita os sempre mencionados erros atribuídos à Globo, o último deles ocorrido 28 anos atrás.

Erros que a Globo reconhece parcialmente (o das Diretas) erros que refuta (Proconsult e "invenção" de Collor) e erros que admite (edição do debate de 1989). Coelho não faz menção ao que a Globo diz deles. Prefere realçar os ataques à Globo, mas omite aqueles que a própria Folha sofre, quando, justa ou injustamente, é chamada de Falha de S. Paulo por seus supostos erros. Em momentos de radicalização política, sofrem aqueles que noticiam os fatos com independência.

De todo modo, não considero ético apontar para as feridas alheias sem mencionar as próprias.

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Coelho prossegue, dizendo que "os ataques a Temer e a Aécio foram piores do que qualquer coisa já feita pela Globo". Um leigo em jornalismo pode escrever isso sem que se possa falar em má-fé; um jornalista, nunca. A Globo não atacou ninguém: a Globo, noticiou, com fidelidade, as acusações que a Procuradoria faz.

Pior, Coelho deixa de mencionar que a Folha, apenas 33 minutos depois que "O Globo" deu o seu furo, repetiu as mesmas acusações, acrescentando que confirmara a notícia. Eis:

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"O presidente Michel Temer foi gravado por um dos donos do grupo J&F, proprietário do frigorífico JBS, falando sobre a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB ""RJ). A informação foi dada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal 'O Globo', e confirmada pela Folha. Temer ouviu do empresário Joesley Batista, da JBS, que ele estava dando a Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, um dos operadores da Lava Jato, uma mesada para que ficassem em silêncio. O presidente disse: 'Tem de manter isso, viu?'".

Coelho omite tudo isso para poder dizer, apenas contra a Globo: "Ninguém tinha ouvido a gravação. Foi a meu ver uma irresponsabilidade".

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Da Folha também? De ninguém. Nessa parte da gravação, os peritos independentes dizem que não há edições: Temer só afirma que "tem de manter isso" depois que Joesley, ao ouvir o presidente se queixar de que fora fustigado por Cunha, diz que zerou todas as pendências com o ex-deputado e o tirou da frente. Para a Procuradoria, pendências são propinas, o que é uma conclusão realista: que pendências pode ter um corruptor confesso com um acusado de corrupção?"

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