Ariel Palacios revela o monstro paraguaio homenageado por Bolsonaro
Jornalista Ariel Palacios relembrou nesta quarta-feira, 26, uma série de informações e acusações de estupro contra o ditador paraguaio Alfredo Stroessner, que foi homenageado pelo presidente Jair Bolsonaro, que o chamou de "estadista"; "O principal protagonista dos abusos sexuais era o próprio ditador, que exigia um fornecimento constante de garotas virgens para seu uso. O requisito era que as meninas deveriam ter entre 10 e 15 anos de idade", diz Palacios
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O jornalista Ariel Palacios, correspondente da Globo News na Argentina e colunista da revista Época, relembrou nesta quarta-feira, 26, uma série de informações e acusações de estupro contra o ditador paraguaio Alfredo Stroessner, que foi homenageado pelo presidente Jair Bolsonaro, que o chamou de "estadista".
Leia a sequência de tweets:
E em nossa sessão ¨O Atacadão do Thread¨, hoje vamos com ...
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
O pedófilo ditador e seu harém de meninas. pic.twitter.com/9EPFIDhs7u
Os crimes cometidos pela ditadura militar paraguaia estão sendo investigados na Justiça desde os anos 90, entre os quais a tortura e desaparecimento de opositores políticos.
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
No entanto, apenas em 2016 começaram as averiguações sobre os estupros sistemáticos cometidos pela cúpula do regime do general Alfredo Stroessner, que durou de 1954 a 1989.
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
O principal protagonista dos abusos sexuais era o próprio ditador, que exigia um fornecimento constante de garotas virgens para seu uso.
O requisito era que as meninas deveriam ter entre 10 e 15 anos de idade. pic.twitter.com/X8uRFc8pwU— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Um dos casos investigados pela Comissão de Verdade e Justiça é o de Julia Ozorio, que tinha 12 anos quando foi sequestrada da casa de seus pais em Nova Itália em 1968 pelo coronel Julián Miers. pic.twitter.com/8OMMYtIpKt
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
Ela foi levada a uma chácara, onde foi escrava sexual durante dois anos.
Miers era o comandante do regimento que se encarregava da guarda pessoal de Stroessner. pic.twitter.com/TtcIxkMS1M— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Os militares buscavam e sequestravam meninas da área rural de acordo com os ¨gostos¨ de Stroessner e seus ministros. pic.twitter.com/OYbsqFlsIh
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
As primeiras denúncias sobre os estupros sistemáticos do ditador paraguaio foram publicadas pelo jornal The Washington Post em 1977. pic.twitter.com/UdKSpHNsIp
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Segundo os investigadores do Departamento de Memória Histórica e Reparação do Ministério da Justiça em Assunção, capital paraguaia, Stroessner estuprava em média quatro meninas por mês. pic.twitter.com/7lom5nuVCc
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
Em 1954 o general Alfredo Stroessner tornou-se ditador. Governou o país com mão-de-ferro por 35 anos, instaurando um intenso culto à personalidade. Para manter uma fachada democrática, contava com o fiel Partido Colorado. pic.twitter.com/mS8SoTtpfk
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Além disso, realizava eleições ¨fake¨ que vencia sempre com mais de 95% dos votos. Stroessner permitia a existência de uma oposição inócua. Mas, os principais líderes opositores estavam presos, exilados ou haviam sido assassinados. pic.twitter.com/ya5f1dqXTv
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
O documentário ¨Rua do Silêncio¨, sobre a pedofilia praticada por Stroessner:
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
https://t.co/TvmRyqfYVl
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
Stroessner não se envergonhava do envolvimento ativo das forças armadas no contrabando, alegando que esse era “o preço da paz”.
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
Durante seu regime o Paraguai tornou-se o “hub” do contrabando na América Latina, desde cocaína, passando por eletrônicos, a carros de luxo roubados.
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
Um dos pontos do contrabando era a cidade de ....Puerto Stroessner (atual Ciudad del Este) pic.twitter.com/lcB6ci6n5S
O culto à personalidade era total: O Partido Colorado imprimia diariamente um jornal de 6 páginas a cores com notícias exclusivas sobre Stroessner.
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
Nos anos 50 acolheu centenas de criminosos de guerra nazistas, aos quais dava passaportes paraguaios. pic.twitter.com/RLW4mqD3X0
— Ariel Palacios (@arielpalacios) 27 de fevereiro de 2019
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: