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Assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins admite enfraquecimento do governo

Estrategista do governo Bolsonaro, Filipe G. Martins pede reforço do núcleo duro olavista

Olavo de Carvalho e Filipe Martins (Foto: Reprodução/Instagram)
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247 - Estrategista do governo Bolsonaro, o assessor do Palácio do Planalto Filipe G. Martins expôs uma longa análise no Twitter relacionada à crise atual após as críticas feitas pelo ministro do STF Gilmar Mendes aos militares que ocupam cargos no Ministério da Saúde. Nela, ele admite que há um enfraquecimento da ala ideológica do governo.

"Isso significa que, ao permitir que o discurso político-ideológico que lhe dá sustentação seja enfraquecido, o governo se coloca sob o risco de ser submetido a uma situação na qual suas únicas opções aceitáveis são aquelas predeterminadas pelos senhores da ideologia dominante", diz ele, expondo as entranhas do atual momento político.

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Confira todas as postagens feitas por Filipe G Martins:

1. Depois de um longo período atacando a chamada "ala ideológica", grupo que forma a base de apoio originária e mais fiel do Presidente, o establishment já se sente à vontade para eleger novos alvos e agora direciona seus ataques contra os militares que integram o governo.

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2. Esses ataques, dirigidos tanto a indivíduos quanto às instituições que eles representam, visam minar mais um dos pilares de sustentação do governo, elevando os custos políticos para que integrantes das Forças Armadas apoiem o projeto escolhido pelo povo brasileiros nas urnas.

3. Os motivos pelos quais isso está ocorrendo agora são diversos, mas todos passam pela percepção (justa ou não) de enfraquecimento do núcleo político-ideológico do governo, que antes dava unidade ao projeto e sentido às escolhas que desafiavam as convenções do establishment.

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4. Esse núcleo político-ideológico sempre foi associado ao que chamam de ideologia bolsonarista, que nada mais é do que o discurso que articula as razões e justificativas das propostas e políticas defendidas pelo PR Bolsonaro nas eleições de 2018 e que prosperaram nas urnas.

5. Com o enfraquecimento desse núcleo, esse conjunto de razões e justificativas vem perdendo força e dando lugar a uma forma de neutralismo tecnocrático que, por natureza, é incapaz de desafiar a ideologia dominante e justificar ações que não sejam consideradas técnicas por ela.

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6. Isso significa que, ao permitir que o discurso político-ideológico que lhe dá sustentação seja enfraquecido, o governo se coloca sob o risco de ser submetido a uma situação na qual suas únicas opções aceitáveis são aquelas predeterminadas pelos senhores da ideologia dominante.

7. Ou seja, com o enfraquecimento desse discurso, o governo se vê obrigado a aceitar apenas propostas e políticas consideradas aceitáveis pelo establishment. Quando não aceita, acaba sendo rotulado de tudo, até de genocida, e o custo político de defendê-lo vai se elevando.

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8. Temos então uma conclusão óbvia: o establishmemt só se sente confortável para atacar os demais pilares do governo, agora, porque acredita ter enfraquecido o pilar fundamental, aquele que oferece as razões de ser do governo e é capaz de justificar suas ações no debate público.

9. Portanto, a única forma de reverter a situação e salvaguardar as propostas que foram escolhidas nas urnas, bem como diminuir os custos políticos do apoio ao governo e proteger quem com ele colabora, é resgatar e proteger a base originária do governo e seu discurso conservador.

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