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Associação da área de pesquisa diz que Datafolha não tem culpa por fraude

Em nota à imprensa, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) afirma zelar por "normas técnicas, éticas e legais" na prestação de serviços de pesquisas por todos os seus associados e diz que o Datafolha não foi responsável por qualquer infração; "A situação [polêmica] ocorreu devido ao critério editorial adotado pelo contratante [Folha de S. Paulo] ao divulgar os resultados da pesquisa", diz o texto; neste domingo, a ombudsman do jornal, Paula Cesarino Costa, disse que a Folha errou e persistiu no erro com esse episódio

Em nota à imprensa, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) afirma zelar por "normas técnicas, éticas e legais" na prestação de serviços de pesquisas por todos os seus associados e diz que o Datafolha não foi responsável por qualquer infração; "A situação [polêmica] ocorreu devido ao critério editorial adotado pelo contratante [Folha de S. Paulo] ao divulgar os resultados da pesquisa", diz o texto; neste domingo, a ombudsman do jornal, Paula Cesarino Costa, disse que a Folha errou e persistiu no erro com esse episódio (Foto: Gisele Federicce)
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Jornal GGN – A fraude na publicação de pesquisa de opinião pública feita pelo Datafolha na semana do dia 14 de julho foi creditada à linha editorial da Folha pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) e pela própria ombudsman do jornal, Paula Cesarino Costa.

Em nota à imprensa, a ABEP, que afirma zelar por "normas técnicas, éticas e legais" na prestação de serviços de pesquisas por todos os seus associados, disse que o Datafolha não foi responsável por qualquer infração. "A situação [polêmica] ocorreu devido ao critério editorial adotado pelo contratante [Folha de S. Paulo] ao divulgar os resultados da pesquisa".

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No final de semana passado, Folha publicou reportagem em cima do Datafolha, indicando que 50% dos entrevistados preferem que Michel Temer (PMDB) siga na presidência até 2018, mas omitiu que a alternativa a essa resposta era a volta de Dilma Rousseff (PT), afastada pelo processo de impeachment no Senado. Diante das duas opções, apenas 3% responderam que prefeririam novas eleições.

A omissão nas alternativas foi revelada pelo portal The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald. No mesmo dia, Fernando Brito, do blog Tijolaço, enquadrou a Folha por não ter usado outra pergunta que foi feita pelo Datafolha. Algo como: você é a favor de que Dilma e Temer renunciem e novas eleições sejam convocadas ainda neste ano? Aqui, 62% disseram que sim.

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Folha disse que não usou essa pergunta porque não viu "interesse noticioso" nela, uma vez que o impeachment está no Senado e Temer e Dilma não irão renunciar. A única hipótese, segundo o dirigente Sergio Dávila, é Dilma ser salva pelos senadores ou ser impeacheada.

No domingo, a ombudsman da Folha questionou a fragilidade do argumento de Dávila. "Se a possibilidade de dupla renúncia não era mais levada em conta, por que então a questão foi incluída na pesquisa? O questionário já foi elaborado nesse cenário. A repetição de tendência como argumento para não publicar o resultado é incoerente", disparou.

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"Outra pergunta também foi omitida. Esta pedia aos entrevistados que avaliassem se o processo de impeachment está seguindo as regras democráticas e a Constituição: 49% disseram que sim; 37% que não", lembrou Paula Cesário.

"A meu ver, o jornal cometeu grave erro de avaliação. Não se preocupou em explorar os diversos pontos de vista que o material permitia, de modo a manter postura jornalística equidistante das paixões políticas. Tendo a chance de reparar o erro, encastelou-se na lógica da praxe e da suposta falta de apelo noticioso. A reação pouco transparente, lenta e de quase desprezo às falhas e omissões apontadas maculou a imagem da Folha e de seu instituto de pesquisas. A Folha errou e persistiu no erro", escreveu.

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Além disso, Laura Carvalho, economista e colunista da Folha, fez as contas: juntando os 62% que querem novas eleições com a parcela de cerca de 30% que não querem novas eleições, mas o retorno de Dilma, é possível estimar que quase 74% dos entrevistados do Datafolha apoiam o "Fora Temer".

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