Brasil entra em 2017 com as orelhas murchas
O Brasil irá entrar em 2017 em meio a uma recessão duríssima e com um contingente de quase 12 milhões de desempregados e a tendência, segundo análise de Fernando Brito, editor do Tijolaço, é que as coisas fiquem ainda piores; "O comércio paulista, diz hoje que espera uma contração de mais 5% nas vendas do primeiro semestre do ano que começa. Consultores e sindicatos não vêem chance de aumentos reais de salário. Ao contrário, dois grandes bancos, o Bradesco e o Santander prevêem um crescimento ainda maior do desemprego", diz; "A realidade está rasgando todas as tolices com que a encobrem", destaca



Fernando Brito, do Tijolaço - Prometeram ao povo brasileiro que era só derrubar Dilma Rousseff e a crise terminaria, que os capitais fluiriam, a economia rebrotaria em flores e relvas.
Pouco mais de um semestre depois, só o que se vê é desalento.
No que se passou e, mais ainda, no que se passará.
O comércio paulista, diz hoje que espera uma contração de mais 5% nas vendas do primeiro semestre do ano que começa.
Consultores e sindicatos não vêem chance de aumentos reais de salário.
Ao contrário, dois grandes bancos, o Bradesco e o Santander prevêem um crescimento ainda maior do desemprego.
Já está repetitivo dizer que os índices de confiança da Fundação Getúlio Vargas, nos serviços, no comércio, na indústria e na construção civil estão caindo, depois da "ilusão Temer".
Os servidores públicos se dividem entre os que vivem o desespero e a humilhação e aqueles que se preparam para vivê-los.
Hoje, na banca de jornal, uma senhora me disse, sobre a medida de liberar descontos para pagamentos à vista: o que eles vão fazer é aumentar o preço no cartão e fingir que dão desconto à vista. Não a censuro, não foi assim com a "queda" do preço da gasolina?
Mas eles não desistem e a tarefa dos carrascos da mídia, agora, é convencer o povo brasileiro que a saída está em que ele trabalhe eternamente.
Ou merece outro nome aposentadoria depois de 49 anos de contribuição e labuta diária de até 12 horas?
O Brasil está de orelhas murchas, mas não é um burro, embora carregue esta gente no lombo.
Tanto não é que é preciso perseguir, desmoralizar, e até cassar quem é capaz de dizer isso a ele com serenidade e na linguagem em que ele entende.
A verdade, por mais que a pintem com camuflagens, é a realidade.
E a realidade está rasgando todas as tolices com que a encobrem.
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